Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10071/23235
Author(s): | Coelho, J. V. |
Editor: | Urze, P., Serrano, M. M., e Assunção, F. |
Date: | 2016 |
Title: | Como se não houvesse amanhã: Do trabalho numa organização start-up |
Pages: | 76 - 90 |
Event title: | Proceedings of the II International Meeting of ISSOW |
ISBN: | 978-989-95465-7-8 |
Keywords: | Trabalho Start-up Organização temporária Tempo |
Abstract: | No contexto nacional, perante os relatos de sucesso efervescente, a referência a uma organização start-up, define, no momento presente, em termos mediáticos e institucionais, uma amenidade, uma platitude, correlativa do louvor dos seus méritos como factos consumados, anódinos, salvíficos. Este louvor tem deixado pouca margem para questionamentos de natureza sociológica. O presente artigo toma por objectivo, a este propósito, a assumpção de uma perspectiva particular de problematização do fenómeno start-up, em termos sociais e organizacionais. Trata-se de um modo de ver que equaciona as implicações da natureza temporária da organização start-up, de uma concepção de tempo específica, que valoriza o tempo como recurso finito, e a start-up como forma organizacional de duração (temporalmente) limitada. Apresenta-se como suporte empírico uma narrativa constituída a partir de um conjunto de observações tomadas no decurso de uma pesquisa de natureza longitudinal, numa das organizações start-up portuguesas que maior crescimento (e visibilidade) tem conhecido nos últimos três anos. Como efeito de uma concepção linear do tempo no plano das relações mantidas na e com a organização start-up, regista-se, em termos empíricos, um foco (discursivo) na acção, no presente imediato, na constituição contínua de um sentido de urgência. Registam-se, igualmente, em sentido próximo, um conjunto de quase-interditos (discursivos), apensos à ausência de referência(s) à finitude da duração da start-up enquanto instituição, à pouco provável existência de um futuro partilhado entre os indivíduos, à secundarização da importância e das implicações do conflito interpessoal. Neste contexto, considera-se que a organização start-up delimita um contexto particularmente fecundo de incorporação acrítica da assumpção da transitoriedade contemporânea como novo normal, evidenciando-se, deste modo, a necessidade de ampliar o âmbito das perspectivas de análise disponíveis para referir e interrogar um fenómeno, em si mesmo relevante, para uma putativa recomposição das práticas que enformam a actividade económica nacional. |
Peerreviewed: | yes |
Access type: | Open Access |
Appears in Collections: | CIES-CRI - Comunicações a conferências internacionais |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
conferenceobject_37815.pdf | Versão Editora | 342,31 kB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.