Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10071/31798
Author(s): Vasconcelos, P.
Editor: Anália Torres
Fátima Assunção
Paula Campos Pinto
Diana Maciel
Date: 2023
Title: Amor à hierarquia: A ascensão da ideologia antigénero
Book title/volume: Género, conhecimento, resistências e ação
Pages: 107 - 125
Collection title and number: Estudos de género
Reference: Vasconcelos, P. (2023). Amor à hierarquia: A ascensão da ideologia antigénero. In A. Torres, F. Assunção, P. C. Pinto, & D. Maciel (Eds.). Género, conhecimento, resistências e ação (pp. 107-125). ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. http://hdl.handle.net/10071/31798
ISBN: 978-989-646-171-3
Keywords: Ordem de género
Ideologia anti-género
Hierarquias sociais
Género-estrutura
Género-campo
Abstract: Numa lógica ensaística, parte-se da dificuldade em encontrar linguagens que possam não sucumbir aos efeitos próprios das estruturas da desigualdade de género, antes as legitimando, para dar conta das lutas político-ideológicas em torno das hierarquias sociais. Neste sentido apresenta-se o desenvolvimento contemporâneo de uma dessas posições políticas de direita e extrema-direita, que pode ser caracterizada como se agregando em torno de uma ‘ideologia anti-género’. Esta constitui-se como uma nebulosa discursiva fortemente conservadora caracterizada pela vincada recusa quer de uma visão igualitária entre mulheres e homens, quer das variadas lógicas de emancipação feminina dela decorrentes, quer ainda de todas as reivindicações queer e trans, nomeadamente aquelas que sentem como pondo em causa a suposta naturalidade da família heterossexual, tanto como a suposta naturalidade da heterossexualidade ela mesma e das identidades de género que ‘naturalmente’ produziria (machos e fêmeas enquanto homens e mulheres). Recusa, assim, a própria ideia de género a favor da ideia de sexo, entendido como uma realidade antropológica de invariável base biológica (ou mesmo teológica) anterior a qualquer suposto desmando ou deriva social e cultural. Neste sentido, as organizações e movimentos políticos norteados por ‘ideologias anti-género’ são mobilizações estratégicas pela tomada de poder político com uma agenda contra a igualdade – antes, a partir do seu amor à hierarquia, de defesa da desigualdade. Desta forma, pretendem a erradicação do espaço de discussão e luta política em torno das desigualdades de género e sexuais (aquilo que apelidamos de Género-Campo), bem como dos seus protagonistas progressistas, pela exaltação e naturalização legitimadora do que denominamos de Género-Estrutura.
Peerreviewed: yes
Access type: Open Access
Appears in Collections:CIES-CLN - Capítulos de livros nacionais

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