Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/23201
Autoria: Teixeira, J.
Pinto, P. T.
Editor: Correia, J., e Bandeira, M.
Data: 2016
Título próprio: Mobilidade acelerada: O hinterland entre Sines e Madrid
Paginação: 445 - 453
Título do evento: Atas da 5ª Conferência Internacional da Rede Lusófona de Morfologia Urbana, PNUM 2016
ISBN: 978-989-99484-6-4
Palavras-chave: Infraestrutura
Mobilidade
Mutação territorial
Resumo: No início do séc. XX, na revista Ilustração, o jornalista Reinaldo Ferreira publica num dos seus artigos o sonho «juliovernesco» de um engenheiro alemão, em que todos os continentes estariam ligados através de uma grande infraestrutura: a ponte. O Velho Continente ligar-se-ia ao Novo e em Lisboa erguer-se-ia a Gare Europa-América, uma infraestrutura de múltiplos usos e comodidades que alteraria completamente a dinâmica urbana desta cidade da periferia europeia. Em 1980, com o projeto Euralille, Rem Koolhaas acabaria por confirmar a capacidade dinamizadora de uma infraestrutura igualmente múltipla na cidade francesa de Lille, aparentemente confinada à sua condição industrial e fronteiriça. Em Portugal, a cidade de Sines - única cidade portuária do litoral alentejano – aparenta padecer, desde 1970, de uma condição industrial inerte. O grande embate infraestrutural que sofreu, com a criação de um grande porto de águas profundas, não foi suficiente para despontar o crescimento industrial e urbano ambicionado. As infraestruturas sempre foram elementos decisivos na conexão e desenvolvimento das cidades com o território, permitindo o controlo securitário e a exploração do mesmo. No entanto, a atuação num sistema infraestrutural global é uma oportunidade de transformação que atingirá e alterará os sistemas micro, e essa atuação pode e deve ser questionada. O país contemporâneo apresenta uma organização territorial diferente daquela que tinha no início do século XX. Sobretudo nos últimos vinte anos, Portugal infraestruturou-se reforçando a sua integração na Europa. O último grande plano de conexão é o Comboio de Alta Velocidade (CAV). O principal troço deste projeto é a ligação Lisboa-Madrid que, ao ser estabelecida, conectará a Europa Ocidental à Europa Central. No entanto, entre Sines e a Estremadura espanhola existe um território quase esquecido. Quais as vantagens que o Alentejo poderá ter com a passagem do CAV? Conseguirá a alta velocidade potenciar a competitividade do porto de Sines? As novas realidades infraestruturais foram (serão) um impulso para desencadear as relações de enlace e sobreposição gramatical entre o urbano e o rural. O discurso contemporâneo vira-se para estes territórios em ebulição, sôfregos de entendimento, e nos quais as infraestruturas têm um papel fulcral no seu desenvolvimento. Mas, por ventura, não estaremos a caminhar em direção a uma morfologia territorial e urbana totalmente equilibradas?
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:DINÂMIA'CET-CRI - Comunicações a conferências internacionais

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
conferenceobject_31638.pdfVersão Editora471,44 kBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis Logotipo do Orcid 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.