The science of scientific agendas: insights into the agenda setting process of researchers

Abstract

Even though research agenda-setting is at the core of modern research and development activities, little is known regarding the process that leads to the definition of an agenda. The literature indirectly suggests that a series of both exogenous and endogenous factors may shape the preference of researchers concerning the research agendas they intend on pursuing – such as formal education, hierarchical position, working environment, incentives, scientific drive, creativity, risk tolerance, and personality. However, no study has been conducted in order to formally test these associations comprehensively. This project aims to identify the mechanisms underlying research agenda-setting through a multi-stage, multi-disciplinary approach. To this end, new instruments were developed – one focusing on evaluating the factors that influence research agenda setting, and another focusing on workplace related organizational aspects in the academia. Following this, Cluster Analysis was employed in order to determine the existence of overarching doctrines in terms of research agenda setting, and afterwards we explore how cognition can influence the process of research agenda setting. This was followed by an exploratory study on how the organizational setting influences these dynamics and how research agendas are also gendered. A second, more holistic, comprehensive and optimal revision of the initial research-agendas instrument concludes this project, resulting from lessons learned and knowledge acquired as the thesis was being developed. The thesis concludes with an overall discussion of the findings and its contribution to knowledge advancement, implications for practice and policymaking, and the limitations of the study, as well as an agenda for future studies.

Apesar do processo de definição de agendas científicas estar no cerne da investigação e desenvolvimento de hoje em dia, pouco se sabe acerca do processo que leva à definição destas agendas. A literatura indirectamente sugere que uma série de factores endógenos e exógenos moldam a preferência dos investigadores no que toca à agenda de investigação que intencionam seguir – tais como educação formal, posição hierárquica, incentivos, ambição científica, criatividade, tolerância ao risco, e personalidade. No entanto, até à data nenhum estudo foi realizado de forma a formalmente testar estas relações de uma forma compreensiva. Este projecto tem como objectivo identificar os mecanismos subjacentes ao processo de definição de agendas científicas através de uma abordagem multi-fásica e multi-disciplinar. Para este fim, foram desenvolvidos novos instrumentos – um focado na avaliação dos factores que influenciam a definição de agendas científicas, e outro focado nos aspectos organizacionais da academia. De seguida, realizou-se uma análise de clusters de forma a identificar a existência de doutrinas gerais em termos de definição de agendas científicas. Seguiu-se um estudo exploratório relativamente ao contexto organizacional e a sua influência nestas dinâmicas, assim como o efeito do género nas agendas científicas. O projecto conclui com uma revisão mais holística do instrumento original, resultante das lições que foram aprendidas, assim como da informação que foi recolhida ao longo da tese. Esta tese termina com uma discussão geral dos seus resultados e implicações para o avanço do conhecimento, para a prática e desenvolvimento de políticas, assim como uma agenda para estudos futuros.