Roles in school bullying and well-being: An analysis of justice perceptions and perceived social support as mediators

Abstract

Bullying incidents are common in schools and they have negative and widespread effects, namely on the mental and physical health of those who are more directly involved. In this thesis, we aim to expand the literature by exploring the relationship between bullying and well-being and by providing a theoretical framework that can explain this relationship. We developed three cross-sectional studies with adolescents and young adults in an educational setting. In Study 1 (n = 380), we proposed to analyze the relationship between bullying and the well-being of participant roles in bullying (victims, bullies, assistants, reinforcers, defenders and outsiders). Study 2 (n = 202) is an extension of Study 1 in which we investigated bullying behaviors retrospectively. In Study 3 (n = 565) we explored justice perceptions and perceived social support as mediators in the relationship between bullying and well-being of victims, bully-victims, bullies and non-involved students. We argued that these mediators were indicators of the threat that bullying poses to the need to belong and can help explain the relationship between bullying and well-being. Our results showed that bullying is negatively associated with well-being in the short and long-term. In the short-term, effects are experienced primarily by victims (and bully-victims). However, in the long-term, both victims and bullies experience the negative effects of bullying. The results also showed that victims and bully-victims experienced deterioration in their justice perceptions and perceived social support. We interpreted these results as empirical support for our argument. We discussed our results regarding their potential contribution to prevention and intervention efforts, and to the literature that establishes bullying as a serious social problem with multilayered consequences.

Os incidentes de bullying são comuns nas escolas e têm efeitos negativos e generalizados, nomeadamente na saúde mental e física daqueles que estão mais diretamente envolvidos. Nesta tese, teve-se como objectivo expandir a literatura explorando a relação entre o bullying e o bemestar e tendo em conta um quadro teórico que pudesse explicar essa relação. Foram desenvolvidos três estudos transversais com adolescentes e jovens adultos num ambiente educacional. No Estudo 1 (n = 380), analisou-se a relação entre o bullying e o bemestar dos papéis no bullying (vítimas, agressores, assistentes, reforçadores, defensores e outsiders). O estudo 2 (n = 202) é uma extensão do Estudo 1, no qual se investigou os comportamentos de bullying retrospectivamente. No Estudo 3 (n = 565), explorou-se as percepções da justiça e o suporte social percebido como mediadores na relação entre o bullying e o bem-estar das vítimas, agressores-vítimas, agressores e estudantes não-envolvidos. O argumento desta tese é o de que estes mediadores são indicadores da ameaça que o bullying representa para a necessidade de pertença e que podem ajudar a explicar a relação entre o bullying e bem-estar. Os resultados mostraram que o bullying está negativamente associado ao bem-estar a curto e a longo prazo. A curto prazo, os efeitos verificaram-se principalmente para vítimas (e agressores-vítimas). No entanto, a longo prazo, ambos vítimas e os agressores sofrem os efeitos negativos do bullying. Os resultados também mostraram que as vítimas e os agressores-vítimas sofrem deterioração das suas percepções de justiça e do suporte social percebido. Estes resultados foram interpretados como suporte empírico para o argumento desta tese. Os resultados foram discutidos em relação ao seu potencial contributo para os esforços de prevenção e intervenção, e para a literatura que estabelece o bullying como um problema social sério com consequências a vários níveis.