Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/16114
Autoria: Bernardes, S. F.
Data: 2009
Título próprio: Existirão enviesamentos de sexo nos julgamentos de dor de enfermeiro/as? Sim…mas nem sempre
Volume: 17
Número: 1
Paginação: 34-40
ISSN: 0872-4814
Palavras-chave: Julgamentos de dor
Enviesamentos de sexo
Género
Contextualidade
Enfermagem
Resumo: Embora as mulheres reportem sentir mais dores que os homens, as suas dores são mais frequentemente subdiagnosticadas e subtratadas19. A literatura sobre o fenómeno dos enviesamentos de sexo nos julgamentos de dor tem apresentado, contudo, um panorama de resultados algo inconsistente; embora muitos estudos mostrem enviesamentos em detrimento da mulher, muitos outros não encontram a presença de enviesamentos significativos e, ainda, uma minoria salienta enviesamentos em detrimento do homem. Então como dar sentido a tal variabilidade de resultados? Argumentamos que este fenómeno não é universal, podendo ser intensificado ou suprimido por factores contextuais relativos à situação clínica, à pessoa com dor ou ao(à) observador(a)16. Neste sentido, salientamos dois estudos, com estudantes e profissionais da Enfermagem, que procuraram analisar o impacto moderador da duração da dor, dos comportamentos de dor do(a) paciente, e do sexo do(a) profissional de saúde nos enviesamentos de sexo nos julgamentos de dor. Participaram 205 estudantes de Enfermagem (44,9% homens) e 222 enfermeiros(as) (38,3% homens) no estudo 1 e 2, respectivamente. Ambos os estudos consistiram em planos quase-experimentais intersujeitos do tipo 2 (duração da dor) x 2 (reacções de estoicismo face à dor) x 2 (sexo do[a] paciente) x 2 (sexo do[a] observadora). As três primeiras variáveis foram manipuladas através de vinhetas escritas que descreviam o comportamento estóico/não-estóico de um homem/mulher que recorria às Urgências por agudização de dor crónica que sentia há cerca de três dias/anos. Após a leitura de um dos cenários, os(as) participantes deveriam efectuar os seus julgamentos sobre: – Urgência e severidade da situação clínica. – Credibilidade da dor. – Grau de interferência da dor. – Atribuições psicológicas. – Intenções de oferecer apoio. Os resultados suportaram a hipótese geral sobre a contextualidade dos enviesamentos de sexo nos julgamentos de dor. Mais especificamente, a presença de enviesamentos de sexo em detrimento da mulher apenas se mostrou significativa em cenários de dor aguda, na presença de comportamentos de estoicismo face à dor ou quando o observador era do sexo masculino. São tecidas reflexões sobre as implicações teóricas e práticas de tais resultados.
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CIS-RN - Artigos em revistas científicas nacionais com arbitragem científica

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