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http://hdl.handle.net/10071/9918
Registo completo
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.author | Dores, A. | - |
dc.date.accessioned | 2015-10-06T15:14:05Z | - |
dc.date.available | 2015-10-06T15:14:05Z | - |
dc.date.issued | 2015 | - |
dc.identifier.issn | 2014-3753 | - |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10071/9918 | - |
dc.description.abstract | A crescente atenção que tem merecido o abolicionismo nos últimos anos não tem sido suficiente para inverter o sentido dominante da acção social e política, que tem sido trocar, como se diz, liberdades por segurança. Pode haver um bloqueio epistemológico a impedir a contágio do sentimento crescente de repugnância perante a violência e a tortura aos sectores sociais que fazem da superioridade e da competição resposta universal para qualquer problema. Um obstáculo ao vingar do abolicionismo é o estigma de eterno derrotado, D.Quixote das causas perdidas. A diversidade de entendimentos do que seja o abolicionismo, separado por especialidades políticas, jurídicas, económicas, culturais e outras, que correspondem a dimensões sociais conceptualizadas como sistemas em vez de aspectos da mesma realidade, oferece uma complexidade e conflitualidade artificial entre os abolicionistas, dispersando-os. A relutância em reconhecer a tendência natural das pessoas, incluindo – ou até sobretudo – as mais ilustradas, para a discriminação e para apoiar actos perversos, para produção de sentimentos de segurança, reprime a discussão da hipótese abolicionista. O maniqueísmo assim induzido e imbuído nas representações da vida social opõe a santidade à deliquência como essências dos “nós” e dos “outros”. O que só é possível pela recusa de reconhecer em todos a mesma natureza social, isto é, a capacidade de adaptação, de transformação, de dominação, própria da espécie humana, independentemente das questões morais que separam aquilo que se quer tomar conhecimento e aquilo que estrategicamente se encobre dos adversários mas também de si próprio. A tortura, a sua alegada e legislada abolição, a sua persistência à margem das leis no próprio seio das máquinas encarregues de fazer cumprir as leis, as discussões relativistas sobre o que a lei pode ou não considerar ser tortura nos EUA, para cobrir práticas ilegais de vários estados seduzidos por essa estratégia recentemente denunciada pelo próprio estado federal norte-americano, faz-nos perguntar que função terá a tortura na satisfação da natureza humana. O abolicionismo, conclui-se, é parte integrante do processo civilizacional. A sua ponta de diamante que, apesar de todas as contradições, tem vingado. Como afirma Norbert Elias, é um problema de perspectiva temporal e histórica. Estamos num ciclo de recuo. Mas a evolução pode voltar a ter um sentido moralmente positivo. | por |
dc.language.iso | por | - |
dc.publisher | Universidad de Barcelona | - |
dc.relation | info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/147300/PT | - |
dc.rights | openAccess | por |
dc.subject | Direito | por |
dc.subject | Direito penal | por |
dc.subject | Crítica | por |
dc.subject | Crime | por |
dc.subject | Multidisciplinaridade | por |
dc.title | Lutas práticas e epistemológicas pelo abolicionismo | por |
dc.type | article | - |
dc.pagination | 217 - 235 | - |
dc.publicationstatus | Publicado | por |
dc.peerreviewed | yes | - |
dc.journal | Crítica Penal y Poder | - |
dc.distribution | Internacional | por |
dc.number | 9 | - |
degois.publication.firstPage | 217 | - |
degois.publication.lastPage | 235 | - |
degois.publication.issue | 9 | - |
degois.publication.title | Lutas práticas e epistemológicas pelo abolicionismo | por |
dc.date.updated | 2019-04-29T11:59:12Z | - |
dc.description.version | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | - |
iscte.identifier.ciencia | https://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-24882 | - |
Aparece nas coleções: | CIES-RI - Artigos em revistas científicas internacionais com arbitragem científica |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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