Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10071/9658
Author(s): Nascimento, Augusto
Date: Dec-2013
Title: As fronteiras da nação e das raças em São Tomé e Príncipe. São-tomenses, Europeus e Angolas nos primeiros decênios de Novecentos
Volume: 29
Number: 51
Pages: 721-743
ISSN: 1982-4343
Keywords: Colonialismo
Roças
Fronteiras raciais
Colonialism
Plantations
Racial boundaries
Abstract: Como noutras potências coloniais, na passagem de Oitocentos para Novecentos o pensamento colonialista em Portugal evoluiu no sentido do nacionalismo imperial, em parte devido à rivalidade internacional em torno do continente africano. Devido à pressão internacional sobre as suas práticas coloniais, as autoridades portuguesas tentaram traduzir em dominação efetiva a (alegada) posse das colônias. A intensa polémica do cacau escravo teve consequências nas roças de São Tomé e Príncipe. A implantação da República em 1910 ampliou o debate político. As noções de nação, civilização e raça foram manipuladas para assinalar as posições e as trajetórias sociais possíveis, quer a são-tomenses, quer aos serviçais importados das outras colónias. Neste texto analisar-se-á a posição dos ilhéus face aos colonos e aos serviçais, num contexto em que a liberdade política coexistiu com a crescente agressividade colonial, mormente no sentido da definição explícita das fronteiras raciais dentro da nação colonial.
As in other colonial powers, in the early twentieth century the colonialist thinking in Portugal has evolved towards imperial nationalism, partly because of international rivalry around the African continent. Because of international pressure over its colonial practices, Portuguese authorities have tried to translate into effective domination the (alleged) possession of colonies. The intense cocoa slave controversy had consequences in the fields (roças) of Sao Tome and Principe. The establishment of the Republic in 1910 expanded the political debate. The notions of nation, culture and race were manipulated to indicate the positions and social trajectories possible to Sao Tomeans as well as to African manpower imported from other colonies. This paper will analyze the position of the islanders about the European settlers and African servants (named serviçais), in a context where political freedom coexisted with the growing colonial aggressivity, namely evidenced in the explicit definition of racial boundaries within the colonial nation.
Peerreviewed: Sim
Access type: Open Access
Appears in Collections:CEI-RI - Artigos em revista científica internacional com arbitragem científica

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