Estado, comunidade e família face à dependência dos idosos. Ao encontro de um "welfare-mix" (Colaboração especial)

Abstract

O objectivo deste artigo é apresentar, a partir de um balanço efectuado em oito países industrializados, a maneira como os sistemas nacionais de políticas sociais que podem ser tão diferentes como o da Suécia e dos Estados Unidos, por exemplo, recorrem ao apoio informal e às solidariedades familiares na reformulação das suas intervenções impostas pela necessária adaptação aos novos constrangimentos económicos, políticos e administrativos. Esta comparação incide sobre as políticas relativas à prestação de cuidados aos idosos dependentes, que representam, simultaneamente, em cada um desses países com Estado-providência, um novo "risco social" e um desafio sócio-político de primeira ordem.

The aim of this paper is to analyse, the way in which different national systems of social policy (in eight industrialized countries) rely on informal networks and family solidarity in order to introduce alterations rendered necessary by adaptations to new economic, political and administrative constraints. This comparison looks at policies relating to the care of dependent elderly persons, who represent a new "social risk" and an important social and political issue in all these Welfare States.

L’objectif de cet article est de présenter, à partir d’un bilan réalisé dans huit pays industrialisés, la manière dont les systèmes nationaux de politiques sociales, qui peuvent être aussi différents que celui de la Suède et des États-Unis, par exemple, font appel à l’aide informelle et aux solidarités familiales dans la reformulation de leurs interventions, imposées par l’adaptation nécessaire aux nouvelles contraintes économiques, politiques et administratives. Cette comparaison porte sur les politiques relatives à la prestation de soins aux personnes âgées dépendantes, qui représentent à la fois, dans chacun de ces pays dotés d’un État-providence, un nouveau "risque social" et un défi socio-politique de premier ordre.

El objetivo de este artículo es presentar, a partir de un balance efectuado en ocho países industrializados, la manera como los sistemas nacionales de políticas sociales pueden ser tan diferentes como el de Suecia y los Estados Unidos, por ejemplo, recurren al apoyo informal y a las solidaridades familiares en la reformulación de sus intervenciones impuestas por la necesaria adaptación de los nuevos problemas económicos, políticos y administrativos. Esta comparación incide sobre las políticas relativas a la prestación de cuidados a los ancianos dependientes, que representan, simultáneamente, en cada uno de esos países con Estado-providencia, un nuevo "riesgo social" y un desafío socio-político de primer orden.