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http://hdl.handle.net/10071/877
Author(s): | Fox, Nick J. |
Date: | Mar-1999 |
Title: | Os tempos dos cuidados de saúde: poder, controlo e resistência |
Number: | Nº 29 |
Pages: | pp. 9-29 |
ISSN: | 0873-6529 |
Keywords: | Tempo Cuidados de saúde Time Health care |
Abstract: | No período moderno, o tempo foi mercadorizado, no contexto do processo de trabalho. Este texto sugere que a construção do tempo, enquanto moeda de troca, pode ser perspectivado sob muitos aspectos da vida moderna, podendo ser comprado, vendido e trocado. Nesta óptica, foram avaliados quatro estudos de caso. Analisa-se o caso de uma unidade cirúrgica ambulatória para identificar a rotinização dos cuidados de saúde, utilizando o tempo como instrumento de controlo. As decisões sobre a alta hospitalar após a intervenção cirúrgica demonstram como o tempo presente pode ser "vendido" para "comprar" tempo futuro. A interrupção das rotinas durante a cirurgia sugere a forma como o tempo pode ser utilizado como meio de resistência face ao poder, enquanto as pessoas idosas, em lares, detêm tempo na medida em que este se transforma em algo que tem de ser preenchido. Argumenta-se que o tempo não é apenas um instrumento de controlo mas também um "locus" de resistência. Esta resistência pode ser realizada através de um tempo repensado criativamente. In the modern period, time has been commodified within the labour process. This paper suggests that the construction of time as a currency may be seen in many aspects of modern life, and time can be bought, sold and bartered. Four case studies are evaluated from this perspective. A day-case surgery unit is examined to identify the routinization of health care, with time as a tool of control. Decisions over discharge from hospital following surgery demonstrate how time may be "sold" to "buy" future time. The disruption of routines during surgery suggest how time may be used as a means of resisting power, while in residential homes, old people find time on their hands as it is transformed into something which must be filled. It is argued that time is not only a tool of control, but a site of resistance. This resistance may be achieved by re-thinking time creatively. À l’époque moderne, le temps a été mercantilisé, dans le contexte du processus de travail. Ce texte suggère que la construction du temps, en tant que monnaie d’échange, peut être perçue sous de nombreux aspects de la vie moderne, pouvant être acheté, vendu et échangé. Dans cette optique, quatre études de cas ont été prises en compte. Le cas d’une unité chirurgicale ambulatoire est analysé pour identifier la routinisation des soins, utilisant le temps comme instrument de contrôle. Les décisions sur la sortie d’hôpital après l’intervention chirurgicale démontrent comme le temps présent peut être "vendu" pour "acheter" du temps futur. L’interruption des routines pendant la chirurgie suggère la façon dont le temps peut être utilisé comme moyen de résistance face au pouvoir, alors que les personnes agées, en foyer, détiennent du temps dans la mesure où celui-ci se transforme en quelque chose qui doit être occupé. L’argument est développé selon lequel le temps n’est pas uniquement un instrument de contrôle mais également un "locus" de résistance. Cette résistance peut être réalisée au moyen d’un temps repensé créativement. En le periodo moderno, el tiempo fue sometido a las leyes del mercado, en el contexto del proceso de trabajo. Este texto sugiere que la construcción del tiempo, en cuanto que moneda de cambio, puede ser relativizado bajo muchos aspectos de la vida moderna, pudiendo ser comprado, vendido y cambiado. Desde este punto de vista, fueron analizados cuatro casos de estudio. Se analiza el caso de una unidad quirúrgica ambulatoria, para identificarla rutina de los procesos de salud, utilizando el tiempo como instrumento de control. Las decisiones sobre el alta hospitalaria demuestran como el tiempo presente puede ser "vendido" para "comprar" tiempo futuro. La interrupción de las rutinas durante la cirugía sugiere la forma en como el tiempo puede ser utilizado como medio de resistencia frente al poder, mientras que las personas mayores, en asilos, tienen tiempo en la medida en que este se transforma en algo que ser ocupado. Se argumenta que el tiempo no es solo un instrumento de control sino además un "locus" de resistencia. Esta resistencia puede ser realizada a través de un tiempo repensado creativamente. |
Peerreviewed: | Sim |
Access type: | Open Access |
Appears in Collections: | CIES-RN - Artigos em revistas científicas nacionais com arbitragem científica |
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