Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/7831
Autoria: Silva, Augusto Santos
Data: 2014
Título próprio: Ser contemporâneo, sobrevivendo às classificações do pensamento sociológico
Número: 76
Paginação: 9-32
ISSN: 0873-6529
DOI (Digital Object Identifier): 10.7458/SPP2014763482
Palavras-chave: Modernidade
Conhecimento em rede
Modernity
Networked knowledge
Modernité
Connaissance en réseau
Modernidad
Conocimiento en red
Resumo: O pensamento sociológico é muito influenciado por classificações de natureza dicotómica. Uma, especialmente influente, é a que se organiza em torno da categoria de modernidade, e que opõe quer moderno a pré-moderno, quer pós-moderno a moderno. Mas o que queremos dizer quando usamos estas categorias e fazemos este tipo de oposições binárias? Elas ainda fazem sentido hoje, para a teoria sociológica? Elas só podem ser empregues em dicotomias, ou há formas alternativas e mais produtivas? Este artigo procura responder a estas questões. Primeiro, mostra a enorme influência cultural e teórica da ideia de modernidade e das categorias que dela decorrem. Depois, que estas categorias devem ser consideradas na sua tensão relativa: ainda somos modernos e já não somos só modernos. Em seguida, que a redução dessa tensão à forma de uma dicotomia empobrece e enviesa a explicação sociológica. Finalmente, o artigo sugere um posicionamento ao mesmo tempo mais modesto e mais aberto, em matéria epistemológica: definirmo-nos apenas como contemporâneos, isto é membros da nossa circunstância, mas capazes de mobilizar todas as possibilidades que ela nos confere.
Sociological thinking is strongly influenced by dichotomous classifications. Especially influential is the one organised around the category ‘modernity’, opposing modern to pre-modern on the one hand and to post-modern on the other. Just what is it that we want to say when we use these categories and establish this kind of binary opposition? Do they still make sense in today’s sociological theory? Can they only be used in the shape of dichotomies, or are there other, more productive ways? This article seeks to answer these questions. It begins by demonstrating the huge cultural and theoretical influence of both the idea of modernity and the categories derived therefrom. It then shows how one should look at these categories in the light of the tension between them: we are still modern, and yet we are not just modern; before going on to say that reducing this tension to a simple dichotomy impoverishes and slants its sociological explanation. Finally, the article suggests a positioning that is simultaneously more modest and more open in epistemological terms: that we should simply define ourselves as contemporaneous – i.e. that we are part of our circumstances, but capable of mobilising all the possibilities they give us.
La pensée sociologique est très influencée par des classifications de nature dichotomique. Une classification particulièrement influente est celle qui s'organise autour de la catégorie de modernité et qui oppose aussi bien le moderne au pré-moderne, que le post-moderne au moderne. Mais que voulons-nous dire en utilisant ces catégories et en faisant ce genre d'oppositions binaires? Ont-elles encore aujourd'hui un sens pour la théorie sociologique? Peuvent-elles uniquement être employées dans des dichotomies ou bien y a-t-il des formes alternatives et plus productives? Cet article cherche à répondre à ces questions. Il montre tout d'abord l'énorme influence culturelle et théorique de l'idée de modernité et des catégories qui en découlent, puis que ces catégories doivent être considérées dans leur tension relative : nous sommes encore modernes et nous ne sommes plus seulement modernes. Ensuite, que la réduction de cette tension à la forme d'une dichotomie appauvrit et biaise l'explication sociologique. L'article suggère enfin un positionnement à la fois plus modeste et plus ouvert sur le plan épistémologique : nous définir uniquement comme contemporains, c'est-à-dire membres de notre circonstance, mais capables de mobiliser toutes les possibilités qu'elle nous confère.
El pensamiento sociológico está muy influenciado por clasificaciones de naturaleza dicotómica. Una especialmente influyente es la que se organiza en torno de la categoría de modernidad, y que contrapone tanto lo moderno a lo pre-moderno, como lo pos-moderno a lo moderno. ¿Pero, qué se quiere decir cuando usamos estas categorías y hacemos este tipo de oposiciones binarias? ¿Ellas todavía tienen sentido hoy, para la teoría sociológica? ¿Ellas sólo pueden ser utilizadas en dicotomías, o hay formas alternativas y más productivas? Este artículo procura responder a estas cuestiones. Primero, muestra la enorme influencia cultural y teórica de la idea de modernidad y de las categorías que de ella devienen. Después, que estas categorías deben ser consideradas en su tensión relativa: aún somos modernos y ya no somos solamente modernos. A continuación, que la reducción de esa tensión a una dicotomía empobrece y distorsiona la explicación sociológica. Finalmente, el artículo sugiere un posicionamiento al mismo tiempo más modesto y más abierto, en materia epistemológica: definirnos apenas como contemporáneos, es decir como miembros de nuestra circunstancia, aunque capaces de movilizar todas las posibilidades que ella nos otorga.
Arbitragem científica: Sim
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CIES-RN - Artigos em revistas científicas nacionais com arbitragem científica

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
n76a01.pdf1,45 MBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis Logotipo do Orcid 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.