Percepções dos jovens sobre a insegurança no emprego e suas implicações no trabalho e na vida familiar

Abstract

Este artigo analisa as perspectivas e experiências de emprego dos jovens, relativamente a uma gestão futura do trabalho e da vida familiar, tendo por base uma série de entrevistas de grupo focalizadas realizadas em cinco países europeus. Foram discutidas algumas das consequências que, quer a insegurança objectiva, quer a noção de incerteza pode ter nos jovens. Foram particularmente tidas em conta as expectativas e representações dos jovens acerca do trabalho, a experiência destes em horários impostos pelos empregos sem segurança e algumas das estratégias usadas para fazerem frente a estas realidades, as formas de gerirem o futuro. O artigo evidencia os principais aspectos que afectam estes jovens que estão a entrar no mercado de trabalho. É focada a forma como o trabalho precário entra em conflito com os outros interesses da vida dos jovens e sugere-se que, embora estes optem por estratégias individuais, em vez de colectivas, isso deve-se não à sua escolha pessoal, mas sim a constrangimentos de natureza estrutural.

The paper examines young peoples’ perspectives on and experiences of employment, in relation to the future management of work and family life, as they emerged in a series of focus groups in five European countries. It discusses some implications for young people of both objective insecurity and perveived incertainty. In particular we consider: young peoples’expectations and constructions of employment; their experiences of the timescales imposed by insecure jobs, and some of the strategies they use to cope - ways of managing the future. The paper highlights the particular issues which affect these young people who are entering the labour market. It focuses on the mismatch between imposed precarious work and other life interests, and suggests that although young people adopt primarily individual rather than collective strategies for coping may be a consequence of structural constraints rather than individual choice.

Cet article examine les perspectives et expériences d’emploi des jeunes, en rapport avec la gestion future du travail et de la vie familiale, prenant pour base une série d’entretiens de groupe dirigés, réalisés dans cinq pays européens. Certaines des conséquences que peuvent avoir sur les jeunes aussi bien l’insécurité objective que la notion d’incertitude ont été discutées. Les expectatives et les représentations des jeunes concernant le travail, l’expérience de ces derniers en horaires imposés par des emplois sans sécurité et quelques-unes des stratégies mises en oeuvre pour faire face à ces réalités, les façons de gérer le futur, ont particulièrement été prises en compte. L’article met en évidence les principaux aspects qui affectent ces jeunes qui entrent sur le marché du travail. La manière dont la précarité de l’emploi entre en conflit avec les autres intérêts de la vie des jeunes est soulignée, et il est suggéré que, bien que ceux-ci optent pour des stratégies individuelles plutôt que collectives, cela est du non pas à leur choix personnel, mais à des contraintes de nature structurelle.

Este artículo analiza las perspectivas y experiencias de empleo de los jóvenes, relativamente a una gestión futura del trabajo y de la vida familiar, teniendo como base una serie de entrevistas de grupo focalizadas, realizadas en cinco países europeos. Fueron discutidas algunas de las consecuencias que, ya sea la inseguridad objetiva, ya sea la noción de incertidumbre, pueden tener en los jóvenes. Fueran particularmente tenidas en cuenta las expectativas y representaciones de los jóvenes sobre el trabajo, la experiencia de éstos en horarios impuestos por los empleos sin seguridad y algunas de las estrategias usadas para hacer frente a estas realidades las formas de gestionar el futuro. El articulo evidencia los principales aspectos que afectan a estos jóvenes que están a entrar en el mercado de trabajo. Y señalada la forma en como el trabajo precario entra conflicto con los otros intereses de la vida de los jóvenes y se sugiere que, aunque estos opten por estrategias individuales, en vez de colectivas, eso se debe, no a su elección personal sino a los problemas de naturaleza personal.