Índice de Desenvolvimento Social em Aracaju – SE: A realidade urbana em 2000 e em 2010

Abstract

A dinâmica econômica em Sergipe, a partir da década de 70, intensificou o fluxo migratório para Aracaju e municípios adjacentes, ocasionando uma nova configuração do urbano, principalmente na capital. As mudanças desse processo impactam diretamente o desenvolvimento social da população e refletem na qualidade de vida. Não obstante estas transformações, Aracaju passou a ser considerada, a partir de 2005, como a capital da qualidade de vida. No entanto, esta qualificação deixou de considerar alguns aspectos referentes ao desenvolvimento social, bem como, o aumento dos assentamentos irregulares conhecidos como aglomerados subnormais. Desta forma, este trabalho buscou calcular o Índice de Desenvolvimento Social - IDS para Aracaju, avaliando as mudanças na realidade urbana, nos anos 2000 e 2010, fazendo um paralelo com a distribuição espacial dos aglomerados subnormais. A metodologia adotada baseou-se na proposição de Cavallieri e Lopes (2008), utilizando algumas dimensões para caracterizar o aspecto urbano: acesso a saneamento básico, qualidade habitacional, grau de escolaridade e disponibilidade de renda, a partir dos dados por setores censitários, disponíveis pelos censos demográficos realizados pelo IBGE em 2000 e 2010. Os resultados apontaram mudanças socioespaciais retratadas na malha intersetorial do município. Tais mudanças refletem os impactos do crescimento urbano, nem sempre acompanhado pelo aporte necessário de infraestrutura, saneamento e habitação, em boa parte dos setores censitários que compõem a Zona de Expansão Urbana e área periférica oeste e norte/noroeste. Por outro lado, demonstraram avanços positivos em setores que compõem a zona nordeste, centro e centro-norte no município.