Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/35621
Autoria: Maia, Marcelo Reis
Data: Nov-2025
Título próprio: Relações entre rios e ferrovias nos processos de urbanização baseados na natureza
Título da revista: CIDADES, Comunidades e Territórios
Paginação: 85-94
Referência bibliográfica: Maia, M. R. (2025). Relações entre rios e ferrovias nos processos de urbanização baseados na natureza. CIDADES, Comunidades e Territórios, (50), 85-94. https://doi.org/10.15847/cct.40936
DOI (Digital Object Identifier): 10.15847/cct.40936
Palavras-chave: Urbanização baseada na natureza
Processos de urbanização
Ferrovias
Cosmotécnica
Rios como mediadores territoriais
Tecnodiversidade
Nature-based urbanization
Urbanization processes
Railways
Cosmothecnics
Rivers as territorial mediators
Technodiversity
Resumo: O ensaio explora as relações entre rios e ferrovias nos processos de urbanização, com ênfase na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em Minas Gerais. Destaca como os rios historicamente determinaram rotas naturais e influenciaram o estabelecimento humano devido à suavidade das trajetórias moldadas pela água. A ferrovia compartilha dessa lógica, exigindo trajetos com poucos desníveis, contornando elevações e respeitando os fluxos naturais, enquanto a rodovia introduz uma abordagem mais agressiva, atravessando morros e vales diretamente. A análise histórica mostra quatro fases claras de urbanização em Minas Gerais: a navegação fluvial inicial; a abertura de estradas pelos colonizadores; a implantação das ferrovias no século XIX; e a subsequente expansão das rodovias no século XX. Ressalta-se como a ferrovia, alinhada à geografia natural dos rios, impulsionou um desenvolvimento territorial sustentável e integrado, enquanto as rodovias promoveram uma desconexão dos sistemas naturais, resultando em impactos ambientais negativos e perda da identidade cultural e territorial. Especificamente, a ocupação colonial e a industrialização mineira são analisadas, ilustrando como o desenvolvimento ferroviário, com infraestrutura alinhada às bacias hidrográficas, promoveu conexões econômicas e urbanas eficazes. O artigo finaliza com uma crítica à decadência dos sistemas ferroviários e hidroviários, evidenciando a deterioração cultural e ambiental decorrente da priorização da expansão rodoviária, destacando a necessidade de resgatar práticas mais sustentáveis e integradas à paisagem natural.
This study explores nature-based urbanization processes in the Velhas River basin, located in Minas Gerais, Brazil, emphasizing the relationships between the natural environment, cultural knowledge, and the use of technology over time. Four historical phases are analyzed, each defined by a predominant type of route: fluvial, colonial, railway, and highway. In the 19th century, railroads were built following the riverbeds, connecting mining regions and fostering industrial growth, particularly in the steel sector. This period reflects a relatively harmonious coexistence between nature and technical infrastructure, which supported the emergence of cities such as Sabará and Ouro Preto. However, the transition to road transport in the 20th century—driven by the 1944 National Road Plan—disrupted this balance. The prioritization of roads and automobiles led to severe environmental impacts, the decline of river and rail-based routes, and the development of cities increasingly detached from their natural landscapes. The study is grounded in Yuk Hui’s concept of cosmotechnics, highlighting that technological practices are always embedded within specific cultural and environmental contexts, and that rivers should be regarded as living agents in the construction of territory.
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Aberto
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