Student assessment in Portugal: Impacts of the Covid-19 Pandemic in an ongoing process of change

Abstract

In March 2020, considering the warnings of the World Health Organisation and facing a real aggravation of the Covid-19 pandemic risks to the public health, the Portuguese government ordered the closure of physical school spaces throughout the country. With the establishment of emergency remote teaching, the previous existing challenges in assessment of learning became even more complex challenges. Therefore, this entire confinement period has sparked, not only in Portugal but also around the world, a forced reflection on the purposes, practices, and uses of assessments. During the last four years, to study and to understand some of the impacts of this pandemic on the domain of educational assessment in Portugal, it was sought to comprehend the legal framework that supported assessment of learning during this period, as well as its implications on students’ results and schooling pathways, teachers’ adaptation and perceived workloads, the relationship between internal and external assessment of learning, and current assessment policies and practices. To fulfil these objectives, in a first phase, a documentary analysis and secondary data analysis were performed. Subsequently, a wide range of interviews were conducted to better understand the phenomenon under study, and lastly, a survey questionnaire was disseminated, aiming to draw quantitative considerations and conclusions. The results of the study presented here point to an effective change in the assessment of learning policies and practices during the pandemic, with implications for the current assessment of learning policies and practices; contributing to an important reflection on the problems affecting education in Portugal.

Em março de 2020, considerando os alertas da Organização Mundial de Saúde e perante o real agravamento dos riscos da pandemia Covid-19 para a saúde pública, o governo português determinou o encerramento do espaço físico das escolas de todo o país. Estabelecido o ensino remoto de emergência, os desafios que até então existiam na avaliação das aprendizagens tornaram-se desafios ainda mais complexos. Por isso mesmo, todo este período de confinamento provocou, não só em Portugal como um pouco por todo o mundo, uma forçada reflexão sobre os propósitos, práticas e uso da avaliação das aprendizagens. Para investigar e analisar alguns dos impactos desta pandemia no domínio da avaliação educacional em Portugal, procurou-se, ao longo dos últimos quatro anos, compreender o enquadramento legal que sustentou a realização da avaliação das aprendizagens durante a pandemia, bem como as suas implicações nos resultados e percursos escolares dos alunos, na adaptação e no volume de trabalho percecionado pelos professores, na relação estabelecida entre a avaliação interna e externa das aprendizagens, e nas políticas e práticas de avaliação atuais. Para dar resposta a estes objetivos, numa primeira fase, recorreu-se à análise documental e à análise secundária de dados. Posteriormente, realizou-se um largo conjunto de entrevistas para melhor compreender o fenómeno em estudo e, por último, foi disseminado um inquérito por questionário, com o objetivo de fazer considerações e ilações quantitativas. Os resultados do estudo que aqui se apresenta apontam para que tenha havido uma efetiva mudança nas políticas e práticas de avaliação das aprendizagens durante a pandemia, com implicações nas políticas e práticas de avaliação atuais; contribuindo para uma importante reflexão sobre os problemas que afetam a educação em Portugal.