Promessas sustentáveis: Políticas de autorregulação nos supermercados portugueses e a presença de "greenwashing"

Abstract

Nas últimas décadas, o plástico tornou-se essencial à vida humana: o que construímos, o que transportamos, o que vestimos, e o que consumimos. Embora um símbolo da modernidade, o plástico é atualmente reconhecido como um poluente ambiental significativo. Com a crescente pressão mediática, e uma sociedade mais consciente e reivindicativa, o setor privado teve que assumir parte da responsabilidade social e ambiental, até então, reservada apenas para o Estado. Para responder à complexidade deste novo problema ambiental, entidades comerciais, como os supermercados, implementaram medidas de autorregulação de modo a garantir a sustentabilidade das suas operações. Neste trabalho, pretende-se avaliar a eficácia destas políticas e o seu impacto ambiental para averiguar se as políticas de autorregulação dos supermercados portugueses são legítimas ou podem ser consideradas greenwashing.

In recent decades, plastic has become essential to human life: what we build, what and how we transport, what we wear, and what we consume. Although once a symbol of modernity, plastic is now recognized as a significant environmental pollutant. With growing media pressure and a more environmentally conscious and demanding society, the private sector has had to assume part of the social and environmental responsibility once reserved only for the State. To address the complexity of this new environmental issue, commercial entities like supermarkets have implemented self-regulation measures to ensure the sustainability of their operations. This work aims to evaluate the effectiveness of these policies and their environmental impact to determine whether the self-regulation policies of Portuguese supermarkets are legitimate or may be considered greenwashing.