Construção na linha de festo

Abstract

Esta investigação tem como origem o programa Revive, programa que tem como objetivo o reaprovamento de imóveis públicos de grande valor patrimonial como é o caso do Forte Velho do Outão, o ponto de partida para o projeto. Assim, o ensaio é organizado em três capítulos em que, o primeiro se dedica a uma investigação sobre o território em questão, a Serra da Arrábida, onde o tema principal a ser abordado está relacionado com o tipo de rocha calcária da serra e com as linhas de festo. No segundo capítulo, são abordadas questões referentes às construções na linha de festo em que, dentro da história da arquitetura, podemos observar duas perspetivas diferentes em relação à materialidade destas construções: materialidade local ou materialidade “artificial”. O último capítulo procura responder de uma forma prática às questões levantadas no capítulo anterior, sobre qual será a melhor forma de construir na linha de festo de acordo com os casos de estudo mais adequados. O projeto lança a hipótese de construção na linha de festo, numa materialidade exterior que se confunde com a rocha da escarpa como se fizesse parte da mesma, obrigando a entrada no Forte Velho do Outão para se aceder ao seu programa exterior e interior. Para além disso, procura integrar-se no sítio e funcionar como um refúgio, da mesma maneira que o convento da Arrábida, que, por sua vez, está cuidadosamente integrado na sua escala e distribuição sobre a serra.

This investigation originates from the Revive program, a program whose purpose is to re-approve public properties with high heritage value, such as Forte Velho do Outão, the starting point for the project. Thus, the essay is organized into three chapters, the first of which is dedicated to an investigation into the territory in question, the Serra da Arrábida, where the main theme to be addressed is related to the type of limestone rock in the mountain and the party lines. In the second chapter, issues relating to constructions along the Festo line are addressed in which, within the history of architecture, we can observe two different perspectives in relation to the materiality of these constructions: local materiality or “artificial” materiality. The last chapter seeks to respond in a practical way to the questions raised in the previous chapter, about what will be the best way to build on the festoon line according to the most appropriate case studies. The project raises the possibility of construction along the festoon line, with an exterior material that blends in with the rock of the escarpment as if it were part of it, requiring entry into Forte Velho do Outão to access its exterior and interior program. Furthermore, it seeks to integrate into the site and function as a refuge, in the same way as the Arrábida convent, which, in turn, is carefully integrated in its scale and distribution over the mountains.