O programa como ponto de partida: Trampolim: O concurso como projeto académico

Abstract

"Saltar da academia para a realidade profissional." Do mote surge o 'trampolim' que pode ser traduzido por sete concursos públicos, onde o enunciado académico dá lugar ao programa público. Em resposta ao exercício, um catálogo ganha forma e na sua composição encontram-se as propostas elaboradas para cada problema. Ao catálogo ilustrativo junta-se o diário de bordo, onde breves textos exprimem o processo por detrás de cada concurso. A primeira parte deste estudo surge como uma 'black box' compilando os momentos mais relevantes de uma jornada de dez meses. O ensaio que se segue, utiliza os concursos públicos como pretexto para explorar os agentes por de trás do processo de criação e experimentação arquitetónica, através de uma estrutura tripartida entre: o 'eu', o 'outro' e o 'problema', com o intuito de expor o que torna possível que para o mesmo conjunto de condicionantes existam variadíssimas respostas. Pretende-se assim, tornar consciente e claro o conjunto de fatores por de trás do processo que fazem com que o seu resultado seja sempre único. Da reflexão, a premissa levantada numa primeira parte, dá lugar à hipótese de que o problema seja apenas um pretexto para a aquilo que queremos explorar enquanto autores, existindo para este um mar de possibilidades, no qual o eu assume o leme.

"Jumping from academia to professional reality." From the motto comes the 'springboard' that can be translated into seven public competitions, where the academic statement gives way to the public program. In response to the exercise, a catalog takes shape, in its composition are the proposals prepared for each problem. The illustrative catalog is joined by the logbook, where brief texts express the process behind each competition. The first part of this study appears as a 'black box' compiling the most relevant moments of a ten-month journey. The essay that follows uses public competitions as a pretext to explore the agents behind the process of architectural creation and experimentation, through a tripartite structure between the 'self', the 'other' and the 'problem', with the purpose of exposing what makes it possible for the same set of conditions to have very different responses. The aim is, therefore, to make aware and clear the set of factors behind the process that make its result always unique. From the reflection, the premise raised in the first part gives rise to the hypothesis that the problem is just a pretext for what we want to explore as authors, with a sea of possibilities existing for it, in which the self takes the helm.