Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/32777
Autoria: Faria, Ana Beatriz Aveiro
Orientação: Alexandre, Joana C. Dias
Data: 31-Out-2024
Título próprio: O impacto percebido em jovens adultos dos processos de audição em contexto judiciais e não judiciais durante a infância e/ou adolescência
Referência bibliográfica: Faria, A. B. A. (2024). O impacto percebido em jovens adultos dos processos de audição em contexto judiciais e não judiciais durante a infância e/ou adolescência [Dissertação de mestrado, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório Iscte. http://hdl.handle.net/10071/32777
Palavras-chave: Audição de crianças
Processos judiciais
Impacto
Experiência de ser ouvido
Direitos da criança -- Rights of the child
Child hearing
Judicial processes
Impact
Experience of being heard
Resumo: Este estudo foca-se na audição de crianças e no impacto percebido em jovens adultos que participaram em processos judiciais e não judiciais durante a sua infância ou adolescência. Embora as diretrizes europeias sobre audição infantil tenham sido publicadas em 2010, há uma carência de estudos em Portugal sobre esta temática, destacando a relevância de explorar como as crianças vivenciam a situação de audição, antes, durante e após a mesma. O objetivo geral deste estudo consistiu em compreender os principais impactos percebidos, considerando as características do processo e as variáveis do ambiente, do entrevistador e da criança à data da audição. Para o efeito foram conduzidas seis entrevistas individuais a pessoas maiores de 18 anos que na sua infância ou adolescência tiveram experiência de audição em processos judiciais ou não judiciais. Os resultados indicam que a experiência de ser ouvido é, globalmente, vivida pelos participantes de forma negativa, decorrente da ausência de uma preparação prévia, das características do ambiente onde a audição decorreu, da escassez de apoio por técnicos especializados, e de algumas características dos magistrados. Estes fatores parecem ser os principais potenciadores de ansiedade e desconforto. Relativamente ao impacto percebido, para alguns dos participantes, a audição foi um momento de crescimento e validação, enquanto para outros, o processo foi fonte de stress e incerteza, com efeitos negativos duradouros. Estes resultados estão alinhados com outros estudos anteriores, o que vem reforçar a necessidade de pôr em prática as diretrizes existentes assegurando-se o pleno direito de ser ouvido, tal como estipulado na Convenção dos Direitos da Criança.
This study focuses on the hearing of children and the perceived impact on young adults who participated in judicial and non-judicial processes during their childhood or adolescence. Although European guidelines on child hearings were published in 2010, there is a lack of studies in Portugal on this topic, highlighting the relevance of exploring how children experience the hearing process, before, during, and after it. The overall objective of this study was to understand the main perceived impacts, considering the characteristics of the process and the variables related to the environment, the interviewer, and the child at the time of the hearing. For this purpose, six individual interviews were conducted with people over 18 years old who, in their childhood or adolescence, had experience with hearings in judicial or non-judicial processes. The results indicate that the experience of being heard was generally perceived by participants in a negative way, due to the lack of prior preparation, the characteristics of the environment where the hearing took place, the scarcity of support from specialized professionals, and some characteristics of the magistrates. These factors seem to be the main triggers of anxiety and discomfort. Regarding the perceived impact, for some participants, the hearing was a moment of growth and validation, while for others, the process was a source of stress and uncertainty, with lasting negative effects. These results align with previous studies, reinforcing the need to implement existing guidelines to ensure the full right to be heard, as stipulated in the Convention on the Rights of the Child.
Designação do Departamento: Departamento de Psicologia Social e das Organizações
Designação do grau: Mestrado em Psicologia Comunitária, Proteção de Crianças e Jovens em Risco
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Restrito
Aparece nas coleções:T&D-DM - Dissertações de mestrado

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