Re-entries into residential care: An ecological analysis from the professionals' perspective

Abstract

Disruptions and interruptions in care could negatively impact children and youth development. This work aimed to contribute to a better understanding of children and youths' re-entries into residential care facilities, according to the perspective of child protective services system professionals in three domains: the effects of its occurrence; factors that can promote and prevent this from happening; and system improvements' suggestions to prevent re-entries. Twenty professionals participated in this study (26 to 54 years old; all female) from CPCJs (Portuguese child agencies) and residential care facilities, to whom a semi-structured interview developed within the scope of this study was administered. From the interview, a thematic analysis was conducted, emerging 14 themes and 42 subthemes considering the three domains studied (i.e., effects, explicative factors, improvements), focusing on different ecology levels in each of them (i.e., child/youth, family, system/community). The results point to negative effects of re-entries on child/youth, family, and system, which appear to be explained by multiple factors situated in different levels: child/youth (e.g., mental health), family (e.g., parenting) and system (e.g., supervision). According to the professionals, different strategies could be implemented to prevent re-entries, which they highlighted as a careful and not-premature assessment before leaving residential care, a prolonged and proximal intervention with the parents in natural contexts, during and after the first removal experience, and also with the child/youth regarding their expectations of returning home and behavioural management. This study highlights the complexity of the phenomenon of re-entries into residential care and emphasises the need for further investigation.

As disrupções e interrupções nos cuidados podem impactar negativamente o desenvolvimento de crianças e jovens. Este trabalho visou contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre as reentradas de crianças e jovens em acolhimento residencial, segundo a perspetiva de profissionais do sistema de proteção, considerando três domínios: os efeitos da sua ocorrência; os fatores que podem potenciar ou prevenir o mesmo de ocorrer; e sugestões de melhoria no sistema para prevenir as reentradas. A 20 profissionais do sexo feminino (26-54 anos) de comissões de proteção de crianças e jovens em perigo e casas de acolhimento, foi administrada uma entrevista semiestruturada desenvolvida no âmbito deste trabalho. A partir da entrevista, foi realizada uma análise temática, emergindo um total de 14 temas e 42 subtemas considerando os três domínios estudados e incluindo diferentes níveis ecológicos (i.e., criança/jovem, família, sistema/comunidade). Os resultados apontam para efeitos negativos das reentradas na criança/jovem, família e sistema, que parecem ser explicados for múltiplos fatores situados em diferentes níveis: criança/jovem (e.g., saúde mental), família (e.g., parentalidade) e sistema (e.g., supervisão). De acordo com as profissionais, diferentes estratégias podem ser implementadas para prevenir as reentradas, como a avaliação cuidadosa e não precipitada na saída do primeiro acolhimento, o trabalho prolongado e de proximidade com os pais, em meio natural de vida durante e após o primeiro acolhimento, assim como com as crianças/jovens quanto às expetativas de retorno à casa e gestão comportamental. Este estudo alerta para a complexidade da reentrada em acolhimento residencial e para a necessidade de investigação.