Towards an integrated model: The joint effect of work shift design and organizational policies in preventing Shift Work Disorder

Abstract

Shift work is a need for the functioning of today's society, however, it can influence the natural circadian clock and lead to "Shift Work Disorder" (SWD), which is characterized by insomnia and sleepiness symptoms associated with work schedule and that carries several negative consequences for individuals' health and safety. So far, the literature has been focused on studying different predictors of individual and organizational nature that may pose a higher risk for SWD prevalence, but only in a parallel way. It is from this gap in the literature that the model proposed in this dissertation emerges, which intends to understand the moderating role of shift design and the role organizational policies may play in the relationship between characteristics such as gender, age, and sleep time, and SWD. For this purpose, 212 nurses voluntarily completed a questionnaire that included these different concepts, and it was found that gender and sleep time are significantly associated with SWD. Additionally, shift design and organizational policies proved to be significant moderators in the relationship between age and SWD. Organizational policies, on the other hand, were not shown to moderate the role of shift design between any of the individual variables and SWD. These results alert us to the importance of a proper shift design and the implementation of good organizational practices for older workers, while we also understand that these may not be sufficient to mitigate the negative effects of poorly design work shifts.

O trabalho por turnos é uma necessidade para o funcionamento da sociedade atual, contudo, pode influenciar o relógio circadiano natural e conduzir ao Distúrbio do Trabalho por Turnos (SWD), um distúrbio caracterizado por sintomas de insónia e sonolência associados ao horário de trabalho e que acarreta diversas consequências negativas para a saúde e segurança dos indivíduos. Até então a literatura tem-se dedicado a estudar diferentes preditores de natureza individual e organizacional que podem representar um maior risco para a prevalência da SWD, contudo, apenas de forma paralela. É desta lacuna na literatura que surge o modelo proposto nesta dissertação, que procura perceber exatamente qual o papel moderador do desenho dos turnos e o papel das políticas organizacionais na relação entre características como o sexo, idade e tempo de sono, e a SWD. Para tal, 212 enfermeiros preencheram voluntariamente um questionário que incluiu estes diferentes conceitos, tendo-se verificado que o sexo e o tempo de sono estão significativamente associados à SWD. Adicionalmente, o desenho dos turnos e as políticas organizacionais revelaram ser moderadores significativos na relação entre a idade e a SWD. Já as políticas organizacionais não demonstraram moderar o papel do desenho dos turnos entre nenhuma das variáveis individuais e a SWD. Estes resultados alertam para a importância de um bom desenho dos turnos e da implementação de boas práticas organizacionais para os trabalhadores mais velhos, enquanto compreendemos que estas podem não ser suficientes para mitigar os efeitos negativos de um mau desenho de turnos.