Imagining a stranger harassment situation: the impact of stranger harassment coping strategies on women’s emotions, self-objectification and felt power

Abstract

Stranger harassment belongs to the daily reality of many women in public places all over the world. Nonetheless, only few scholars have set out to examine this issue. Those who have, identified its detrimental consequences for the target. The present study entailed a multi- methodological design to explore whether some ways of reacting to stranger harassment are more beneficial for women’s well-being than others. Moreover, it investigated whether benevolent sexist attitudes influence the choice of specific coping strategies. 134 female individuals took a women’s perspective in an imaginative stranger harassment situation or neutral situation, upon which they answered a set of questions to assess their reactions, emotions, and self-perception emerging from the situation. The results did not confirm benevolent sexism as a moderator influencing the choice of coping strategies. However, active, passive and benign coping strategies were found to be mediating the effect of the stranger harassment on high negative emotions, while only passive and benign coping strategies mediated the effect of stranger harassment on the reduction of felt power. Moreover, negative emotions and felt power were significantly different between imagining a stranger harassment vs. a neutral interaction. The present study underlined that all coping strategies go along with various up- and downsides, all of which do not to conceal that stranger harassment is the manifestation of gender inequality. It revealed the complexity of (coping with) such situations and emphasized the necessity of future research as well as practical implications to further understand and combat stranger harassment.

O assédio sexual de rua é uma realidade diária de muitas mulheres em todo o mundo. No entanto, somente alguns investigadores se dedicaram ao estudo deste problema. O presente estudo utilizou um desenho multi-metodológico para explorar se algumas estratégias de coping ao assédio sexual de rua são mais benéficas para o bem-estar das mulheres do que outras. Além disso, investigou se as atitudes sexistas benevolentes influenciam a escolha destas. 134 participantes femininos adotaram uma perspetiva feminina perante uma situação imaginária de assédio sexual de rua ou de uma situação neutra, sobre a qual responderam a um conjunto de perguntas de forma a avaliar as suas reações, emoções e autopercepções. Os resultados não confirmaram o sexismo benevolente como moderador da escolha de estratégias de coping. No entanto, verificou-se que as estratégias de coping ativas, passivas e benignas são mediadoras do efeito do assédio sexual de rua nas emoções negativas elevadas, enquanto que apenas as estratégias de coping passivas e benignas mediaram o efeito do assédio sexual de rua na redução do poder sentido. Além disso, as emoções negativas e o poder sentido foram significativamente diferentes entre o assédio sexual de rua e a interação neutra. O presente estudo evidenciou que todas as estratégias de coping se relacionam com aspetos negativos e positivos, contudo nenhuma diminuiu a negatividade da situação. O estudo revelou a complexidade de (lidar com) estas situações e enfatizou a necessidade de investigação futura, bem como implicações práticas para compreender melhor e combater esta problemática.