Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/23203
Autoria: Luís, E.
Ramos, S.
Editor: Hernâni Veloso Neto, João Areosa and Pedro Arezes
Data: 2015
Título próprio: Diagnóstico de riscos psicossociais e intervenção numa indústria transformadora portuguesa
ISBN: 978-989-99378-1-9
Palavras-chave: Riscos psicossociais
Condições de trabalho
Análise ergonómica da atividade de trabalho
Intervenção organizacional
Indústria transformadora
Resumo: O presente trabalha singulariza-se por se tratar de um projeto de intervenção desenhado especificamente para uma empresa portuguesa na área industrial. Este projeto consistiu num processo de diagnóstico de necessidades, com vista ao desenvolvimento de ações interventivas no âmbito da prevenção dos riscos psicossociais. Os riscos psicossociais, frequentemente considerados como riscos emergentes, são o segundo problema de saúde relacionado com o trabalho mais frequentemente reportado na Europa (EU-OSHA, 2005). No entanto, a falta de sensibilização e de recursos da maioria das empresas compromete a implementação de estratégias quer de avaliação quer de gestão do risco. Através da Análise Ergonómica da Atividade de Trabalho (Guérin et al, 2006) um conjunto de metodologias qualitativas foram implementadas junto dos trabalhadores. Relativamente às técnicas de recolha de dados adoptadas, foi administrado um inquérito sobre saúde e trabalho-Questionário INSAT (Duarte, Cunha & Lacomblez, 2007) ao universo dos trabalhadores (N=52), observação sistemática a 75% do universo; 4 Focus Group com 18 participantes no total (envolvendo trabalhadores e chefias); bem como análise documental de vários registos internos da empresa (Avaliação de Riscos; Perfis de Funções; Manuais QASQualidade Ambiente e Segurança; Mapas de pessoal; Desenho do Processo Produtivo). Os dados foram analisados numa matriz integrada, desenvolvida com base no modelo de Leka, Griffiths e Cox (2003), onde se privilegiou a articulação dos dados provenientes das quatro técnicas de recolha acima referidas. Como resultado desta análise, foram identificados problemas sobretudo a nível do horário de trabalho (nomeadamente a rotatividade por turnos); do controlo sobre a atividade, particularmente no que concerne à pouca participação e falta de controlo na tomada de decisão por parte dos trabalhadores; da cultura organizacional, especialmente quanto à comunicação com os superiores hierárquicos e suporte percepcionado pelos trabalhadores, os quais revelam necessidades evidentes de melhoria; das relações interpessoais, no que concerne a dificuldades de relacionamento interpessoal e situações de conflito manifesto, assim como, a fraca qualidade de liderança que resulta no baixo suporte social; e, por fim, incertezas acerca do papel na organização, nomeadamente a falta de clarificação de funções. Face aos resultados, foi proposto um plano de intervenção constituído por quatro fases, iniciando com uma fase de sensibilização, seguida de uma fase de capacitação onde se pretendia já munir os trabalhadores e chefias de ferramentas para de seguida se passar a uma transformação dos postos de trabalho, culminando em mudanças ao nível das práticas de Gestão de Recursos Humanos. As propostas desenvolvidas apresentadas à administração da empresa e uma parte destas encontra-se em curso. Na comunicação oral serão apresentados mais detalhadamente os resultados do diagnóstico e o plano de intervenção proposto.
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:BRU-CRI - Comunicações a conferências internacionais

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