Interações família-escola: práticas e representações de educadores de infância

Abstract

Este estudo pretende conhecer as práticas e representações dos educadores de Infância, no que diz respeito à interação Família-Escola, conotada como laboriosa, complexa e minuciosa. Começamos por fazer uma abordagem histórica à esta interação, tendo como referência alguns autores que analisaram nos seus estudos a relação escola família. No plano metodológico da investigação e, através de uma análise de tipo comparativa tipológica, aplicámos entrevistas estruturadas a oito educadoras de Infância, com diferentes tempos de serviço e diferentes perfis institucionais, pretendendo-se desta forma caraterizar as práticas de interação entre os educadores e as famílias, bem como, analisar as representações que os educadores fazem dessa mesma relação. As conclusões finais têm em conta o enquadramento teórico, e representam a reflexão e análise dos resultados recolhidos no estudo empírico da investigação, sobre as interações da família com a escola. Podemos, então, concluir que apesar de não existir grande diferença no discurso das educadoras, podemos salientar que as educadoras mais novas mostram-se mais preocupadas com os fatores que condicionam essa interação, e podemos também concluir que apesar de existir uma vontade dos educadores em que os pais participem cada vez mais na vida escolar dos seus filhos, e de que se estabeleçam relações de confiança, parceria, cooperação, harmonia e complementaridade, como o mencionado nas entrevistas, cremos que continua a existir uma barreira que impede os educadores de dar espaço às famílias para que essa interação se complete.

This study aims to know the practices and representations of Childhood educators, regarding the Family-School interaction, connoted as laborious, complex and thorough. We begin by taking a historical approach to this interaction, taking as reference some authors who analyzed in their studies the relation school family. At the methodological level of the research and, through a typological comparative analysis, we applied structured interviews to eight early childhood educators, with different length of service and different institutional profiles, in order to characterize the interaction practices between the educators and the teachers. families, as well as to analyze the representations that educators make of this same relationship. The final conclusions consider the theoretical framework and represent the reflection and analysis of the results collected in the empirical research study, about family interactions with school. We can therefore conclude that although there is not much difference in the discourse of educators, we can emphasize that younger educators are more concerned with the factors that condition this interaction, and we can also conclude that although there is a willingness of educators to parents to participate more and more in the school life of their children, and to establish relationships of trust, partnership, cooperation, harmony and complementarity, as mentioned in the interviews, we believe that there is still a barrier that prevents educators from giving space for families to complete this interaction.