The impact of non-performing loans on banks' lending

Abstract

This study analyzes the impact of non-performing loans (NPLs) on credit granted by banks and, consequently, on their management lending policies. An historical review of recent developments in national economies in terms of credit granting and credit quality is presented in this document, along with an analysis of the macroeconomic determinants of NPLs in order to understand the impact of its dynamics in banks’ lending policies and profitability. Furthermore, a perspective of the evolution of regulation on NPLs and the development of the NPLs definition overtime, with the enlargement of the dimensions considered, is also given. Finally, we analyze the measures undertaken by banks to tackle NPLs, in order to evaluate their current situation and the adjustment needed that should be taken regarding the paradigm of banks’ management and the respective business models. Using an unbalanced panel data of quarterly information of 111 banks of the Euro Area, covering the period from 2010 to 2015, and applying a fixed effects model estimated with the Driscoll-Kraay robust approach, we conclude that NPLs show different lagged effects on credit granting. Only after some time of coexistence of simultaneous increase in credit granting and in NPLs, a change in the credit policy occurs. Thus suggesting the existence of rigidity when setting credit policy. Dividing the data into two different groups - countries of Central and Eastern Europe and Peripheral countries (that suffered from financial stress in the period under analysis) – and applying the same approach, we observe significant differences in results between countries.

Este estudo analisa o nível de impacto dos créditos não produtivos na concessão de crédito e, consequentemente, na gestão das políticas de concessão de crédito dos Bancos. É apresentada uma perspetiva histórica dos desenvolvimentos económicos relacionados com a concessão e a qualidade do crédito, acompanhada por uma análise dos fatores determinantes dos créditos não produtivos, de forma a apurar a sua dinâmica nas políticas de crédito e na rendibilidade dos Bancos. Adicionalmente, é apresentada a evolução da regulamentação relativa a créditos não produtivos e do conceito ao longo do tempo, tendo em conta o alargamento das dimensões consideradas. Finalmente, é também realizada uma análise das medidas endereçadas pelos Bancos para lidar com os créditos não produtivos, de forma a aferir o estado atual dos Bancos e a necessidade de ajustamentos relativamente ao paradigma da gestão e dos modelos de negócio dos Bancos. Através da utilização de dados de painel não balanceados e de um modelo de efeitos fixos juntamente com o estimador robusto Driscoll-Kraay, é analisada informação trimestral relativa a 111 Bancos da Área do Euro no período entre 2010 e 2015, concluindo-se que a variável relativa aos créditos não produtivos demonstra um comportamento diferenciado entre os intervalos temporais, o que sugere a existência de uma rigidez na definição da política de crédito. Apenas depois de algum tempo, em que o aumento do crédito coincide com o aumento de créditos não produtivos, existe uma alteração da política de crédito. Dividindo a informação em dois grupos – Países da Europa Central e de Leste e Países Periféricos (que estiveram sob pressão financeira no período em análise) – e aplicando a mesma abordagem permite-nos observar diferenças significativas de resultados entre os países considerados.