Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/1221
Autoria: Lobo, Cristina
Data: 2009
Título próprio: Parentalidade social, fratrias e relações intergeracionais nas recomposições familiares
Número: Nº 59
Paginação: pp.45-74
ISSN: 0873-6529
Palavras-chave: Recomposições familiares
Padrastos
Enteados
Fratrias recompostas
Avós sociais
Family blending
Stepfathers
Stepchildren
Blended siblinghood
Social grandparents
Resumo: Dar conta sociologicamente da trama de relações entre alguns protagonistas das recomposições familiares — padrastos, enteados, fratrias recompostas e avós sociais— éoobjectivo deste artigo. Trata-se de interacções não institucionalizadas ou que são auto-reguladas, isto é, imbuídas de ambiguidade e de invisibilidade tanto social como jurídica. O mesmo é dizer que estes papéis estão em aberto, por isso precisam de ser pensados, inventados e negociados com o tempo.Onúmero de crianças, nas famílias recompostas, varia conforme a história passada de cadaumdos elementos do casal.Coma existência destas crianças de casamentos ou relações anteriores aumenta a complexidade destas famílias. Daí as famílias recompostas serem famílias de geometria variável. A análise das relações intergeracionais na fase pós-divórcio pode revelar-se uma excelente oportunidade para “olhar”a forma como os papéis dos pais e dos avós se redefinem. Na família mais alargada da recomposição, tanto os avós paternos como os maternos continuam a ocupar o seu lugar, sem esquecer os “avós sociais”, isto é, os ascendentes directos do eventual novo companheiro da mãe guardiã ou nova parceira do pai não guardião.
This article aims to provide a sociological account of the fabric of relationships between some of the protagonists of blended families — stepfathers, stepchildren, blended siblings and social grandparents. It considers relationships that are non-institutionalised or self-regulated, i. e. imbued with both social and legal ambiguity and invisibility. This is equivalent to saying that these roles are open and, for this reason, need to be thought about, invented and negotiated over time. In blended families, the number of children varies in accordance with the history of each member of the couple. The existence of these children from earlier marriages or relationships increases the complexity of these families. Hence, blended families are families with variable geometry. An analysis of intergenerational relationships in the post-divorce phase may be seen to be an excellent opportunity to “have a look” at theway in which the roles of the parents and grandparents are redefined. In the broader blended family, both the paternal and maternal grandparents maintain their positions but the “social grandparents” are not to be overlooked, that is, the immediate predecessors of the mother/guardian’s possible new companion or the father/non-guardian’s new partner.
Cet article aborde, du point de vue sociologique, la trame de relations entre certains membres de familles recomposées — beaux-parents, beaux-enfants, fratries recomposées et grands-parents sociaux. Il s’agit d’interactions non institutionnalisées ou qui sont autorégulées, c’est-à-dire empreintes d’ambiguïté et d’invisibilité tant sociale que juridique. Autant dire que ces rôles restent à créer, qu’ils ont besoin d’être pensés, inventés et négociés avec le temps. Le nombre d’enfants au sein des familles recomposées varie selon l’histoire passée de chaque membre du couple. L’existence de ces enfants de mariages ou de relations précédents augmente la complexité de ces familles. D’où les familles recomposées à géométrie variable. L’analyse des relations intergénérationnelles dans la phase post-divorce peut constituer une excellente occasion pour “voir” comment les rôles des parents et des grands-parents sont redéfinis. Dans la famille plus élargie de la recomposition, les grands-parents paternels comme maternels continuent d’occuper leur place, sans oublier les “grands-parents sociaux”, c’est-à-dire les parents du nouveau compagnon de la mère ou de la nouvelle compagne du père.
Mostrar sociológicamente la trama de las relaciones entre algunos protagonistas de las reestructuraciones familiares—padrastros, hijastros, fratrías recompuestas, y abuelos sociales— es el objetivo de este artículo. Se abordan las relaciones no institucionalizadas o que son autorreguladas, esto es, imbuidas de ambigüedad y de invisibilidad tanto social como jurídica. Es lo mismo decir que estos papeles están indefinidos, por eso precisan de ser pensados, inventados y negociados con el tiempo. El número de niños en las familias reestructuradas, varía conforme a la historia pasada de cada uno de los elementos de la pareja. Con la existencia de niños de matrimonios anteriores aumenta la complejidad en estas familias. De ahí que las familias recompuestas sean familias de geometría variable. El análisis de las relaciones intergeneracionales en la fase posterior al divorcio puede ser una excelente oportunidad para observar la forma en cómo los papeles de los padres y de los abuelos se redefinen. En la familia extendida recompuesta, tanto los abuelos paternos como maternos continúan ocupando su lugar, sin olvidar a los “abuelos sociales”, o sea, los ascendientes directos del eventual nuevo compañero de la madre con la custodia o la nueva compañera del padre sin la custodia.
Arbitragem científica: Sim
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CIES-RN - Artigos em revistas científicas nacionais com arbitragem científica

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