Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/1026
Autoria: Wall, Karin
Data: Out-1988
Título próprio: Residência e sucessão na família camponesa do Baixo Minho
Número: Nº5
Paginação: pp.39-60
ISSN: 0873-6529
Palavras-chave: Família
Famílias múltiplas
Propriedade
Agricultura
Family
Multiple families
Property
Agriculture
Resumo: Considera-se correntemente que o campesinato minhoto desenvolve um sistema de partilhas "igualitárias" e de famílias múltiplas. Esta dupla caracterização parece contraditória. Com efeito, a família múltipla é considerada como uma estratégia para impedir a divisão da propriedade. O estudo da residência e da sucessão nas famílias camponesas de duas aldeias do Baixo Minho revela dois cenários diferenciados. Nas famílias "monoactivas" defende-se e pratica-se a coabitação de dois casais com o objectivo de assegurar uma sucessão empresarial. Os princípios de justiça distributiva baseiam-se na igualdade das satisfações e numa atitude "finalista" que considera como justo um processo devolutivo que antecipa as consequências da distribuição sobre a dinâmica do grupo e sobre o futuro dos seus membros. Estes princípios admitem uma distribuição desigual dos factores de produção agrícola. Em resumo: este grupo social cumpre o comportamento atribuído tradicionalmente à família múltipla: a não divisão da casa. Nas famílias «pluriactivas» propõe-se e pratica-se a neo-residência próxima para garantir uma sucessão funcional de entreajuda familiar. Estas famílias defendem a igualdade de resultados no processo de devolução do património e efectuam partilhas igualitárias.
The Minho peasantry is currently described as a stem family system with egalitarian inheritance practices. This characterization seems contradictory as the stem family can be considered a strategy to avoid the division of property. Our study on residence and succession in peasant families of two villages of the Baixo Minho reveals two scenarios. «Monoactive» families defend and practice the stem family (two couples living together) in order to guarantee the continuity of the family business. The principles of distributive justice are based on the equality of satisfactions and a «finalist» attitude, which anticipates the consequences of distribution on group dynamics and the future of each member. These principles admit an unequal distribution of the agricultural factors of production. In summary, this social group carries out the behaviour traditionally associated with the stem family. «Pluriactive» families defend and practise near neo-residence in order to guarantee a «functional» succession of mutual help. These families defend the equality of results for the process of inheritance and carry out an egalitarian distribution of property.
On considère que la paysannerie du Minho se caractérise par un système d"héritage «égalitaire» et de familles-souche. Cette double caractérisation semble contradictoire dans la mesure ou la famille-souche peut être considérée comme une stratégie qui vise empêcher la division de la propriété. L’étude de la résidence et de la succession réalisée dans les familles paysannes de deux villages du Bas Minho a mis en évidence deux scénarios différenciés. Les familles «monoactives» défendent et pratiquent la cohabitation de deux couples dans le but de garantir une succession entrepreneuriale. Les principes de justice distributive se basent sur l"égalité des satisfactions et sur une attitude «finaliste» qui anticipe les conséquences de la distribution sur la dynamique du groupe et sur le futur de ses membres. Ces principes admettent une distribution inégale des facteurs de production agricole. En résumé, ce groupe social accomplit le comportement attribué traditionnellement à la famille-souche. Les familles «pluriactives» défendent et pratiquent la néo-résidence proche dans le but de garantir une succession fonctionnelle d"entraide familiale. Ces familles défendent l"égalité des résultats pour le processus de transmission du patrimoine et font une répartition égalitaire des biens familiaux.
Se considera corrientemente que el campesinado del Miño desarrolla un sistema de división de bienes «igualitarios» y de familias múltiples. Esta doble caracterización parece contradictoria. En efecto, la familia múltiple es considerada como una estrategia para impedir la división de la propiedad. El estudio de la residencia y de la sucesión en las familias campesinas de dos aldeas del Bajo Miño, revela dos escenarios diferenciados. En las familias «mono-activas» se defiende y se practica la cohabitación de dos matrimonios con el objetivo de asegurar una sucesión empresarial. Los principios de justicia distributiva se basan en la igualdad de las satisfacciones y en una actitud «finalista» que considere como justo un proceso devolutivo que anticipa las consecuencias de la distribución sobre la dinámica del grupo y sobre el futuro de sus miembros. Estos principios admiten una distribución desigual de los factores de producción agrícola. En resumen: este grupo social cumple el comportamiento atribuido tradicionalmente a la familia múltiple: la no división de la casa. En las familias «pluriactivas» se propone y se practica la neo-residencia próxima para garantizar una sucesión funcional de entre-ayuda familiar. Estas familias defienden la igualdad de resultados en el proceso de devolución del patrimonio y efectúan reparto de bienes igualitarios.
Arbitragem científica: Sim
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CIES-RN - Artigos em revistas científicas nacionais com arbitragem científica

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