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http://hdl.handle.net/10071/9643
Autoria: | Nascimento, Augusto |
Data: | Jun-2011 |
Título próprio: | O contrato de moçambicanos para São Tomé e Príncipe: os ziguezagues da política colonial portuguesa no Novecentos |
Volume: | 10 |
Número: | 19 |
Paginação: | 43-70 |
ISSN: | 2236-2762 |
Palavras-chave: | Roças de São Tomé e Príncipe Importação de serviçais Trabalho forçado Contrato Plantations of São Tome and Principe Importation of manpower Forced and contract labor |
Resumo: | Neste artigo, traça-se uma
panorâmica da política colonial de
depreciação da mão de obra indígena de
Moçambique e da subsequente
importação para as roças ou fazendas de
São Tomé e Príncipe ao longo do
Novecentos. Mais do que uma política
coerente e perene ao longo de décadas, as
decisões e os procedimentos
administrativos atinentes à usura da mão
de obra africana e, em particular, da de
Moçambique, dependeram muito, quer
da feição dos regimes políticos em
Portugal – Monarquia liberal, República
e Estado Novo ditatorial – quer,
sobretudo, da conjuntura internacional
e do escrutínio pelas potências
hegemônicas das práticas de sujeição dos
africanos nas colônias portuguesas. Tal
obrigou os governantes portugueses a
desdobrarem-se num esforço de
propaganda para tentarem refutar as
acusações de esclavagismo e até de
trabalho forçado. Ao longo de cerca de
meio século (1908-1961), a arregimentação, a contratação e a usura
de braços moçambicanos – entre
arrebanhados como sujeitos escravizados,
deportados como indesejáveis e
contratados – nas roças de São Tomé e
Príncipe conheceram facetas variadas e
contraditórias que não se compreenderão
se não se levar em conta o contexto político
a montante das práticas coloniais de uma
metrópole, também ela, dependente. In this article, we draw a picture of the colonial policy of depreciation of manpower native of Mozambique and subsequent importation into the plantations of São Tomé and Príncipe over nine hundred. Political decisions and administrative procedures pertaining to usury of african manpower and, in particular, from Mozambique depended much of the feature of the political regimes in Portugal – liberal monarchy, republican regime and New State dictatorship – as well as from the international and scrutiny by the hegemonic powers on the practices of subjection of Africans in Portuguese colonies. This forced the Portuguese government to unfold in a propaganda effort in order to refute the allegations of slavery and even forced labor. Over half a century (1908-1961), the usury of mozambican individuals – initially imported as subjects enslaved, after deported as undesirable and, finally, contracted – in the plantations of Sao Tomé and Príncipe met varied and contradictory facets, which we will not understand if you do not take into account the political context of colonial practices of a dependent metropolis like Portugal. |
Arbitragem científica: | Sim |
Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | CEI-RI - Artigos em revista científica internacional com arbitragem científica |
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