Microcredit and economic development: entrepreneurship or self-employment?

Abstract

The present thesis aims to answer the central research question “Can microcredit be considered as an entrepreneurial activity capable of creating innovative and value-added businesses rather than a self-employment movement with few effects on economic development?”. Considering the quantitative method, three hypothesis have been tested: H1) The majority of microcredit applicants are unemployed individuals; H2) Microcredit applicants tend to apply the money in businesses with innovative features and H3) Micro entrepreneurs create only their own job and not for others. Regarding the qualitative approach, two sub questions have been placed: SQ1) In what conditions and why do people apply to microcredit programs and SQ2) In what sectors do the microcredit applicants invest? Although microcredit and microfinance industry is young in Europe and there is still a long path to cover, the research conducted showed that microcredit is a promising sector that is growing and evolving rapidly. If in previous years microcredit and microfinance projects were mostly strict to promote self-employment through traditional activities, nowadays this reality is changing and the type of business created is increasingly adopting value-added features. This research concludes that although microcredit does not nurture highly innovative businesses, it can in fact be considered as an entrepreneurial activity capable of creating value-added businesses that can have a role on job creation as well as in lessening of social exclusion, positively affecting economic development.

A presente tese tem como objectivo responder à questão “Pode o microcrédito ser considerado como uma actividade empreendedora capaz de criar negócios inovadores e de valor acrescentado em vez de um movimento de auto-emprego com poucos efeitos no desenvolvimento económico?”. Considerando o método quantitativo, três hipóteses foram testadas: H1) A maioria dos candidatos ao microcrédito são desempregados; H2) Os candidatos ao microcrédito tendem a aplicar o dinheiro em negócios com características pouco inovadoras e H3) Os microempreendedores criam apenas o seu próprio posto de trabalho e não para outros. Relativamente ao método qualitativo, duas sub-questões foram colocadas: SQ1) Em que condições e porque é que as pessoas recorrem ao microcrédito? e SQ2) Em que sectores é que os candidatos ao microcrédito investem? Apesar da indústria do microcrédito e da microfinança ser relativamente recente na Europa, a pesquisa conduzida mostrou que o microcrédito é um sector promissor que tem vindo a evoluir rapidamente. Se anteriormente os projectos de microcrédito e a microfinança eram quase restritos à promoção do auto-emprego através de criação de actividades tradicionais, hoje em dia esta realidade está a mudar. Esta pesquisa conclui que, apesar do microcrédito não fomentar negócios altamente tecnológicos, pode de facto ser considerado uma activade empreendedora capaz de criar negócios com valor acrescentado que podem desempenhar um papel na criação de emprego bem como na diminuição da exclusão social, afectando positivamente o desenvolvimento económico.