Comer para acalmar? Impacto do estado de ansiedade na intenção de consumo de alimentos com high e low craving

Abstract

O presente estudo foi desenhado com o objetivo de investigar o impacto no estado de ansiedade na intenção de consumo alimentar. Adicionalmente, procurámos explorar se esta relação é moderada por fatores individuais como a avaliação e a satisfação com a imagem corporal, bem como o estilo de ingestão emocional. Para tal, assumiu-se como opção metodológica, o desenvolvimento de uma pesquisa de natureza quantitativa, num estudo experimental exploratório. Neste, manipulámos o estado de ansiedade das participantes (n = 50 estudantes universitárias) através de uma adaptação de Herman, Polivy, Lank, & Heatherton, (1987). O impacto de tal manipulação foi observado ao nível da intenção de consumo alimentar (alimentos high craving vs. low craving). Os instrumentos utilizados para a recolha dos dados foram: Comportamentos alimentares (DEBQ), que irá avaliar ingestão emocional, ingestão externa e restrição Alimentar; Ansiedade (STAI); Satisfação com a imagem corporal - Silhoutte Matching Task; Avaliação da imagem corporal – ASI. Os resultados mostram que as participantes reportaram maior intenção de consumir alimentos high craving do que alimentos low craving. Verificou-se que as participantes que atribuem uma maior importância à sua imagem corporal apresentam um maior impacto na relação de ansiedade na intenção de consumo. Com este estudo, para além da relevância prática, pretende-se contribuir para o desenvolvimento da literatura. Apesar de diversas limitações, este estudo mostra evidências do impacto da consciência emocional e alimentar. Contribuindo, para o aumento do conhecimento das influências que nos levam a consumir em excesso e para se obter formas eficazes para combater a obesidade

The present study was designed to investigate how states of anxiety impact on food consumption drive. Additionally, we tried to determine if this relation is regulated by individual factors, such as body image satisfaction and rating, and the style of emotional ingestion. For that we used as a methodological option a research of quantitative nature in an experimental study. In this study we manipulated the state of anxiety of the female participants (50 university students) adapted from Herman, Polivy, Lank, e Heatherton, (1987). Such manipulation impacted the eating intention (high craving vs. low craving food). The instruments used for collecting the data were: eating behaviors (DEBQ), which will assess emotional eating, external eating and eating restriction; Anxiety (STAI); body image satisfaction – Silhouette Matching Task; Body image investment – ASI. The results show us that the participants were more prone to the consumption of high craving food over low craving. The research also revealed that the participants who consider their body image important show a bigger impact in the anxiety and eating intention. Besides its practical relevance, this study is meant to help the development of literature. Despite its various limitations, this study gives evidence of the impact of emotional and eating conscience, and it contributes to the knowledge of the influences that drive us to over eat, and the development of more effective ways to fight obesity.