Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/9070
Registo completo
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.authorPatrício, Marta-
dc.date.accessioned2015-06-19T10:21:20Z-
dc.date.available2015-06-19T10:21:20Z-
dc.date.issued2012-
dc.identifier.issn1647-4090por
dc.identifier.issn1647-4090por
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10071/9070-
dc.description.abstractNa segunda metade do século XX Portugal pretendia assegurar a sua continuidade em África a todo o custo, travando guerras em três frentes (Angola, Guiné e Moçambique) e engendrando formas de dinamizar a colonização em larga escala através de grandes empreendimentos. A barragem de Cahora Bassa (HCB) é disso exemplo. Esta barragem foi construída em Tete (Moçambique) entre o final da década de 1960 e início da década de 1970 e o culminar das obras coincidiu com a independência de Moçambique. A África do Sul, enquanto único comprador da energia produzida, possuía uma posição dominante e contratualmente protegida, infiuenciando assim durante anos as negociações sobre as tarifas. Se o preço das tarifas subisse, a compra de electricidade a Cahora Bassa deixaria de ser competitiva para a África do Sul e a sua retirada seria imediata; porém, se os preços permanecessem sempre baixos, a HCB nunca conseguiria devolver a Portugal a quantia investida na sua construção e seria incapaz de assegurar a sua sustentabilidade financeira perante os constantes prejuízos.Enquanto a posição sul-africana não autorizou o fornecimento de energia a outros compradores, Portugal e Moçambique ficaram "aprisionados" a Cahora Bassa. Foi assim até ao momento em que a África do Sul possibilitou ao Zimbabwe comprar electricidade à HCB e, posteriormente, se procedeu ao processo da reversão do empreendimento em 2007, quando Moçambique passou a deter a maioria da participação no empreendimento em detrimento de Portugal. Deste modo, e durante cerca de trinta anos, Cahora Bassa gerou um contencioso económico-financeiro interligado com uma instabilidade político-diplomática: Portugal e Moçambique tinham um obstáculo que os impedia de envidar Relações Bilaterais saudáveis e as suas relações de cooperação sofriam com isto. A partir do momento da reversão da HCB esta situação conheceu uma mudança substantiva, bem visível no ambiente que rodeou as visitas oficiais ao mais alto nível.por
dc.language.isoporpor
dc.publisherObservatório Políticopor
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectCahora Bassapor
dc.subjectPortugalpor
dc.subjectMoçambiquepor
dc.subject1975-2007por
dc.titleCahora Bassa nas relações bilaterais entre Portugal e Moçambique: 1975-2007por
dc.typearticlepor
dc.pagination149-158por
dc.publicationstatusPublicadopor
dc.peerreviewedSimpor
dc.journalRevista Portuguesa de Ciência Políticapor
dc.distributionInternacionalpor
dc.number2por
degois.publication.firstPage149por
degois.publication.lastPage158por
degois.publication.locationLisboapor
degois.publication.titleRevista Portuguesa de Ciência Políticapor
Aparece nas coleções:CEI-RN - Artigos em revistas científicas nacionais com arbitragem científica

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Marta_Patricio.PDF3,66 MBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis Logotipo do Orcid 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.