Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/8742
Autoria: Micaelo, Ana Luísa
Data: 2015
Título próprio: Territorialidade e sentidos da posse da terra na Zona da Mata de Pernambuco
Paginação: 325-334
ISBN: 978-989-98499-4-5
DOI (Digital Object Identifier): 10.15847/cehc.prlteoe.945X027
Resumo: This study advances an anthropological problematization of land ownership through an analysis of experiences and social meanings attributed to land at Zona da Mata de Pernambuco (Northeastern Brazil). The region is characterized by a huge concentration of land in large private estates of sugarcane plantations. Since the early colonial period, this economy is cyclically reorganised and determinant as to the conditions of access to land and property rights of the majority of the local population. However, in the last two decades there has been a complexification of the territorial web. Land occupations were carried out by social movements claiming land reform, which have concentrated at Zona da Mata two thirds of the rural settlements in the whole of the state of Pernambuco. The appropriation of land will thus be addressed in the context of the new social and territorial dynamics arising from the establishment of land reform settlements, by stressing the way in which land has been incorporated into the family projects of these land reform settlers, former plantation dwellers and sugarcane plantation wage workers. Disputes around the notions of territoriality and property constitute different meanings of land ownership for the plantations, squatter encampments and settlements that contemporarily characterize, in their coexistence, the region of Zona da Mata de Pernambuco.
Este texto propõe uma problematização antropológica da posse da terra através da análise das vivências e significados sociais da terra na Zona da Mata de Pernambuco (Nordeste do Brasil). A região é caracterizada pela enorme concentração de terras em grandes propriedades privadas destinadas à plantação de cana-de-açúcar. Esta economia que se reorganiza ciclicamente desde o início do período colonial é determinante quanto às condições de acesso à terra e aos direitos de propriedade da maior parte da população local. Nas últimas duas décadas tem vindo, contudo, a verificar-se uma complexificação da trama territorial impelida pelas ocupações de terra levadas a cabo pelos movimentos sociais que reivindicam a realização da reforma agrária e que concentraram na Zona da Mata dois terços dos assentamentos rurais de todo o estado de Pernambuco. Pretende-se então situar a problemática da apropriação da terra no contexto das novas dinâmicas sociais e territoriais decorrentes da constituição de assentamentos de reforma agrária, com enfoque para a forma como a terra tem sido incorporada nos projectos familiares destes assentados da reforma agrária, que haviam sido moradores de engenho e trabalhadores assalariados do corte da cana. As disputas em torno das noções de territorialidade e propriedade constituem diferentes sentidos da posse da terra dos engenhos, acampamentos e assentamentos que, na sua coexistência, caracterizam contemporaneamente a região da Zona da Mata de Pernambuco.
Arbitragem científica: Sim
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CEHC-CLI - Capítulos de livros internacionais

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
CAP27 MICAELO.pdf333,39 kBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis Logotipo do Orcid 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.