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dc.contributor.authorSoares, Eliane Veras-
dc.date.accessioned2014-06-12T10:46:31Z-
dc.date.available2014-06-12T10:46:31Z-
dc.date.issued2014-
dc.identifier.isbn978-989-732-364-5-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10071/7535-
dc.description.abstractQuando se analisa o debate acerca das literaturas africanas, o sistema de classificação “africano” “não-africano” vem à tona revelando tensões diversas. A primeira delas está relacionada ao idioma em que estas literaturas são produzidas. Em África, ao contrário do que ocorreu no continente americano, a legitimidade das literaturas produzidas em línguas européias foi colocada em xeque, como se não fosse possível haver uma literatura africana escrita em idiomas europeus. Outra tensão diz respeito à origem e/ou ao pertencimento racial dos escritores. Tomando como exemplo o caso moçambicano, é possível verificar o escrutínio realizado nos primórdios da Associação de Escritores de Moçambique na tentativa de definir critérios para uma literatura nacional. Nesta apresentação proponho uma discussão que passa por outro tipo de tensão, a meu ver ainda pouco problematizada, aquela que estabelece um separação, e ao mesmo tempo uma hierarquia, entre literatura e produção do conhecimento. As relações entre a literatura e o conhecimento (científico) não parecem satisfatoriamente resolvidas, seja pela sociologia do conhecimento, seja pela sociologia da literatura. No primeiro caso, a literatura pode ser concebida como uma forma de conhecimento, mas tem preservada sua “natureza ficcional”, diversa do conhecimento científico. No segundo caso, o que se considera é a dimensão social da literatura e o modo como ela pode expressar de modo exagerado, distorcido, controverso a realidade, sem com ela confundir-se. O argumento que procuro desenvolver não propõe uma equivalência entre literatura e conhecimento científico. Busca explorar novos caminhos em que a literatura seja encarada como uma epistemologia válida para a compreensão das dinâmicas sociais. Esse procedimento, certamente, deve ser exercitado pelo cientista social. Para dar forma a esta reflexão, ainda de caráter exploratório, trago aqui alguns pontos críticos referentes ao meu duplo processo de inserção na temática dos estudos africanos, de um lado, e da sociologia da literatura, por outro,. Com isso, tento problematizar em um novo estado as questões de caráter teórico-epistemológico referentes à produção do conhecimento. Sinalizo antecipadamente que o estado da arte desta reflexão ainda não consegue trazer respostas, mas tenta, antes, elaborar questionamentos que circunscrevam de modo mais preciso onde a pesquisa sistemática, considerando essas formas específicas de produção, poderá nos levar.por
dc.language.isoporpor
dc.publisherCentro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)por
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectLiteraturapor
dc.subjectConhecimentopor
dc.subjectSociologiapor
dc.subjectliteratura em Áfricapor
dc.titleEstudos africanos e literatura: alternativas a produção de conhecimento?por
dc.typebookPartpor
degois.publication.firstPage2330por
degois.publication.lastPage2345por
degois.publication.locationLisboapor
degois.publication.titleAfrican Dynamics in a Multipolar World: 5th European Conference on African Studies — Conference Proceedingspor
Aparece nas coleções:CEI-CLN – Capítulos de livros nacionais

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