Impacto das culturas nacionais na formulação estratégica das empresas em contexto de globalização

Abstract

As culturas nacionais desempenham um papel preponderante nas diversas estratégias das empresas que se encontram espalhadas pelo mundo fora. Os requisitos culturais do país de origem de qualquer organização influem na forma destas competirem no mercado. O entendimento das diferenças culturais enquanto condicionante das estratégias de qualquer empresa no mundo pode constituir uma vantagem para qualquer agente no mercado global. Através do modelo das cinco dimensões de Hofstede é possível agrupar os países em cinco grandes grupos culturais homogéneos dentro deles e heterogéneos para com os outros. Destaque nesta repartição para a existência de um sexto cluster composto apenas pelo Japão que não é semelhante a mais nenhum país e como tal é tratado isoladamente como sugerem vários autores. Os vários clusters culturais demonstram evidentes diferenças em termos de estratégias. O cluster dos “Economistas Ocidentais” que agrupa algumas das economias com PIB mais elevado na Europa Ocidental e América demonstra uma forte preocupação com uma gestão à base de indicadores financeiros. Já o Japão evidencia uma forte preocupação com o cliente e com a I&D, valores partilhados pelos países nórdicos francamente virados para a inovação e sustentabilidade. Já as principais economias emergentes encontram-se agrupadas no mesmo cluster que tem como principal característica uma aposta num horizonte temporal de longo prazo. O mesmo não acontece com a maioria dos países da Europa Ocidental que devido à sua forte aversão à incerteza, optam por estratégias marcadas pela flexibilidade. O entendimento das diferenças culturais torna-se cada vez mais importante em contexto de globalização.

National cultures play an important role in various corporate strategies that are scattered around the world. The cultural requirements of the country of origin of any organization influence the way these competing in the market. The understanding of cultural differences while conditioning the strategies of any company in the world can be an advantage to any agent in the global market. Through the model of the five dimensions of Hofstede is possible to group countries into five major cultural groups within them homogeneous and heterogeneous to others. Featured in this division for the existence of a sixth cluster composed only by Japan that is not similar to any other country and as such is treated separately as suggested by several authors. The various cultural clusters show clear differences in strategies. The cluster of "Western economists" that brings together some of the economies with the highest GDP in Western Europe and America demonstrates a strong concern with management will be based on financial indicators. Japan already evidences a strong concern with the client and with R & D, values shared by the Nordic countries frankly facing innovation and sustainability. Already the major emerging economies are grouped in the same cluster whose main characteristic a bet on a long-term time horizon. The same is not true of most Western European countries that because of their strong dislike uncertainty will, choose strategies marked by flexibility. The understanding of cultural differences becomes increasingly important in the context of globalization.