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http://hdl.handle.net/10071/6798| Autoria: | Dores, António Pedro |
| Data: | 2001 |
| Título próprio: | Os estados de espírito, intenções e estigmas |
| Palavras-chave: | Estado-de-espírito Estigma Intenções |
| Resumo: | Este é um exercício teórico desenvolvido no quadro de uma investigação sobre o fenómeno moderno do encarceramento. A intuição de partida é a seguinte: a) a prisão é concebida, por oposição a tortura física, como uma tortura psicológica; b) tal especificidade da tortura é moralmente mais aceitável para o nível de sensibilidade à repugnância próprio das sociedades capitalistas (cf Elias 1990), à semelhança do vulgar contrato de assalariamento: este é ideologicamente percebido pelo senso comum (enquanto ideologia dominante) como um contrato entre cidadãos formalmente iguais e livres, por oposição à escravatura e ao sistema de poder militarista que esta última pressupõe; c) a prisão é tratada pela ciência como um fenómeno psicológico, de contenção de perfis de criminosos, de estudo das formas de adaptação dos condenados ou dos preventivos às vidas de cadeia – ou como um fenómeno administrativo – forma de organização do estado e da justiça, e mais raramente como um fenómeno social; d) a prisão é entendida, mais das vezes, como constituindo uma sociedade à parte, tão exterior à sociedade normal como o estrangeiro, insusceptível de uma análise realista das suas vivências sociais ser articulada ou articulável com a vida em sociedade. |
| Arbitragem científica: | Não |
| Acesso: | Acesso Aberto |
| Aparece nas coleções: | CIES-WP - Working papers |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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| Estados de espírito estigma texto.doc | 94 kB | Microsoft Word | Ver/Abrir |
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