Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/5921
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dc.contributor.editorSantinho, Maria Cristina-
dc.date.accessioned2013-11-05T11:39:13Z-
dc.date.available2013-11-05T11:39:13Z-
dc.date.issued2013-11-05-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10071/5921-
dc.description.abstractO presente estudo resulta de uma investigação iniciada em 2007 por Cristina Santinho, versando a saúde física e mental dos refugiados e requerentes de asilo em Portugal. Esta investigação compreende o tema de uma tese de doutoramento ainda em curso, tendo como enquadramento a perspectiva teórica da antropologia médica. Para além desta formação, contribuiu também uma outra pós-graduação complementar à abordagem antropológica, tendo como orientação específica a saúde mental dos refugiados: Harvard Program in Refugee Trauma – Global Mental Health Trauma and Recovery. Foi pois, quando iniciou o seu trabalho de campo em Janeiro de 2007 no contexto do Conselho Português para os Refugiados – Centro de Acolhimento da Bobadela, que se familiarizei com as narrativas contadas pelos refugiados e requerentes de asilo, sobre as suas próprias experiências enquanto vítimas ou testemunhas de momentos e contextos de extremo sofrimento, transcorrido não só nos locais onde residiam, como também durante as viagens de fuga e depois já em Portugal. Paulatinamente, confrontou-se com as profundas necessidades que existiam na área da saúde, decorrentes em grande parte de uma ausência de assistência médica culturalmente competente, que tivesse em conta os contextos culturais e linguísticos dos refugiados, as suas necessidades no processo de integração social, bem como os seus próprios discursos e saberes sobre saúde, sofrimento e experiência de vida. Assim, por considerar que ao longo de toda a pesquisa de terreno enquanto antropóloga, contou com a disponibilidade e confiança de todos aqueles com quem teve o privilégio de contactar, desde logo dos próprios refugiados e requerentes de asilo, mas também dos técnicos e direcção do Conselho Português de Refugiados e em concreto do Centro de Acolhimento de Refugiados (CPR/CAR), Cristina Santinho decidiu que era tempo de retribuir, transformando aquilo que seria uma mera investigação para fins académicos, em algo que pudesse ser considerado um projecto-piloto, útil aos refugiados em primeiro lugar, mas também ao próprio CPR/CAR, bem como também a todos os profissionais de saúde que os atendem em contexto de consulta e que sem dúvida contribuíram para a sua reflexão sobre a necessidade de prestação de um serviço de saúde física e mental – aliado também a respostas sociais – culturalmente competente. Foi assim que nasceu este projecto-piloto de investigação/acção, num tempo em que cada vez mais, temos o dever ético de colaborar para a transformação positiva dos mundos que nos rodeiam, não apenas na produção de dissertações de teses académicas, mas também e principalmente, devolvendo (ainda que de forma humilde como foi este projecto), àqueles que em tempo me confidenciaram as suas vidas e aos outros que surgiram após estes, uma outra abordagem sobre saúde, que levasse em linha de conta a experiência e as necessidades socioculturais e linguísticas da pessoa por trás do estatuto de refugiado. Tendo em conta o propósito descrito anteriormente, Cristina Santinho propôs à Associação GIS constituir uma equipa de terreno multidisciplinar, já com experiência anterior no domínio da imigração e composta por enfermeiras, antropólogas e psicólogas que, sem pretender de nenhum modo, substituir a necessária intervenção feita pelos profissionais de saúde que atendem os refugiados nos hospitais, centros de saúde e consultórios privados, apenas aspirava ser um complemento integrado, através da (1) consulta directa de prestação de cuidados de saúde de enfermagem, da (2) mediação cultural e linguística, e (3) da abordagem psicológica. A intervenção desta equipa no terreno foi possibilitada por uma intervenção culturalmente sensível no domínio da saúde, levando em conta os determinantes socioculturais da saúde através de uma atenção especial dada às desigualdades de acessibilidade à saúde e bem-estar, e que fosse principalmente, adequada às necessidades e características culturais e linguísticas e à história de vida / história de trauma, de cada refugiado e requerentes de asilo.por
dc.description.sponsorshipProjecto fi nanciado pelo Fundo Europeu para os Refugiados (FER) e pela Fundação Calouste Gulbenkian - Programa Saúde e Desenvolvimento Humano / Projecto nº 2008/ FERIII/A2/ 01por
dc.language.isoporpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectRefugiadospor
dc.subjectSaúde físicapor
dc.subjectSaúde mentalpor
dc.subjectAntropologia médicapor
dc.subjectAsilopor
dc.subjectPortugalpor
dc.titleQuando não existe uma segunda casa: estudo sobre a saúde dos refugiados numa perspectiva de vulnerabilidadepor
dc.typereportpor
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