The effect of corporate governance quality on the strategic use of Non-GAAP disclosures to beat earnings benchmarks

Abstract

This study investigates the impact of corporate governance quality on the use of non-GAAP earnings measures to beat strategic earnings benchmarks. For this purpose, five strategic earnings benchmarks are considered: beating analysts’ forecasts, reporting growth in profits, portraying better performance, beating industry performance and avoiding losses. Firms’ governance quality is measured through an index combining 41 attributes. For a sample of European firms, empirical results suggest that corporate governance has a strong influence on firms’ voluntary disclosure decisions. Overall, firms’ governance quality is capable of reducing managers’ propensity to use non-GAAP metrics to meet or beat earnings thresholds. However, it does not seem to have similar influence on all benchmark beating strategies. In fact, the discretionary disclosure of non-GAAP earnings to exceed analysts’ forecasts and to avoid losses is not mitigated by good governance practices. Also, governance mechanisms reduce the magnitude of the difference between non-GAAP earnings and both GAAP measures and analysts’ expectations.

O presente estudo pretende investigar o impacto da qualidade do corporate governance (governanção das sociedades) na utilização de medidas non-GAAP, divulgadas com o intuito de atingir estrategicamente benchmarks relativos a indicadores de rentabilidade. Para esse efeito, são considerados cinco diferentes benchmarks: superar as previsões dos analistas, divulgar um crescimento dos lucros, apresentar uma melhor performance, superar a média do sector e evitar divulgar perdas. Por sua vez, a qualidade de governação das empresas é medida através de um índice composto por 41 atributos. Tendo por base uma amostra constituída por empresas europeias, os resultados da análise empírica sugerem que o corporate governance influencia significativamente as decisões das empresas relativas à divulgação de informação voluntária. De um modo geral, verifica-se que a qualidade de governação é passível de reduzir a propensão para os gestores usarem medidas non-GAAP a fim de atingirem os objetivos de referência. Contudo, constata-se que esta não influencia de forma igual todos os benchmarks. Efetivamente, as boas práticas de governação são incapazes de atenuar a utilização discricionária de medidas non-GAAP divulgadas com o intuito de superar as expectativas dos analistas e de evitar a comunicação de prejuízos. Além disso, os resultados indicam que os mecanismos de governação reduzem o valor diferencial entre as medidas non-GAAP e as GAAP, bem como entre as non-GAAP e as previsões dos analistas.