The adoption of blockchain technology in agri-food traceability: A comparative analysis of benefits and barriers in Italian and Portuguese SMEs and consumer perceptions

Abstract

This dissertation originates from a double degree and develops in two complementary phases of research. The first, in Italy, analysed the benefits and obstacles to blockchain adoption through the national TrackIT Blockchain project on the Itachain platform. The study examined 10 agri-food SMEs supported by public institutions, which used blockchain traceability to protect Made in Italy products against counterfeiting. Although it provided useful insights in a subsidised context, it did not address other institutional settings or the consumer perspective. The second phase, in Portugal, broadens the analysis. Despite the Blockchain.PT agenda, organised as a closed consortium, no open access subsidy scheme comparable to TrackIT exists, and the SMEs and consumers studied lie outside that initiative. Evidence was gathered from 10 Portuguese agri-food SMEs and 72 consumers, enabling comparison between countries and actors. The results show that Italian SMEs linked blockchain mainly to reputational gains and international credibility, but adoption weakened after subsidies ended. Portuguese SMEs remain in a pre-adoption stage, viewing the technology as costly and complex, with benefits limited and without measurable returns. Consumers, in contrast, demonstrated trust, perceived usefulness, and willingness to pay a premium for certified products, suggesting stronger demand than SMEs assume. The study provides comparative evidence on blockchain adoption in agri-food traceability and concludes that the technology generates value only when reputational benefits become tangible outcomes through institutional coordination, consumer engagement, and common standards.

Esta dissertação tem origem num double degree e desenvolve-se em duas fases de investigação complementares. A primeira, em Itália, analisou benefícios e obstáculos à adoção da blockchain através do projeto nacional TrackIT Blockchain, na plataforma Itachain. O estudo examinou 10 PME agroalimentares apoiadas por instituições públicas, que usaram rastreabilidade em blockchain para proteger produtos Made in Italy contra a contrafação. Embora tenha fornecido informação útil num contexto subsidiado, não abordou outros enquadramentos institucionais nem a perspetiva dos consumidores. A segunda fase, em Portugal, amplia a análise. Apesar da agenda Blockchain.PT, organizada como consórcio fechado, não existe subsídio aberto comparável ao TrackIT, e as PME e consumidores estudados situam-se fora dessa iniciativa. Foram recolhidas evidências junto de 10 PME agroalimentares portuguesas e 72 consumidores, permitindo comparação entre países e atores. Os resultados mostram que as PME italianas ligaram a blockchain sobretudo a ganhos reputacionais e credibilidade internacional, mas a adoção enfraqueceu após o fim dos subsídios. As PME portuguesas permanecem em pré-adoção, vendo a tecnologia como dispendiosa e complexa, com benefícios limitados e sem retornos económicos. Os consumidores, em contraste, revelaram confiança, perceção de utilidade e disposição para pagar prémio por produtos certificados, sugerindo procura mais forte do que o assumido pelas PME. O estudo fornece evidência comparativa sobre a adoção da blockchain na rastreabilidade agroalimentar e conclui que a tecnologia só gera valor quando benefícios reputacionais se convertem em resultados tangíveis através da coordenação institucional, do envolvimento dos consumidores e de normas comuns.