Perceived inequality, competition, and contrasting self-views: Testing a dual pathways model of approach and avoidance motivation

Abstract

As economic inequality worsens around the globe, it becomes ever more relevant to understand how its effects relate to people´s wellbeing. Despite promising theoretical models, the evidence on how perceptions of income inequality relate to individuals' wellbeing, and self-esteem in particular, is still scarce. This research investigates a serial-parallel mediation model that explains contrasting responses to high levels of perceived economic inequality. It was expected that when individuals perceive greater income inequality, they should also tend to perceive higher levels of competition in their environment, which can lead to two different pathways: increased approach motivation or increased avoidance motivation. These motivations shape self-view, with approach motivation being associated with narcissism and high self-esteem and avoidance motivation being related to impostor syndrome and low self-esteem. A total of 422 participants across 36 countries answered an online questionnaire designed to test these measures, and a serial-parallel mediation analysis was performed for each hypothesized outcome variable. Perceived income inequality was found to have positive indirect effects on narcissism and general self-esteem through perceived competition and approach motivation, and on impostor syndrome through perceived competition and avoidance motivation. Additionally, negative indirect effects were found on impostor syndrome through perceived competition and approach motivation, and on general self-esteem through perceived competition and avoidance motivation. The results of this study provide key insights as to why perceptions of inequality and competition may be predictive of inflated self-esteem for some and self-deprecation for others, depending on the type of motivation one has.

À medida que a desigualdade económica se agrava em todo o mundo, torna-se cada vez mais importante compreender os seus efeitos no bem-estar das pessoas. Apesar dos modelos teóricos promissores, ainda são escassas as evidências sobre como as perceções da desigualdade de rendimentos se relacionam com o bem-estar dos indivíduos e, em particular, com a autoestima. Esta investigação procura analisar um modelo de mediação multipla e paralalela (serial-paralel) que se propõe explicar duas respostas contrastantes quando há níveis elevados de “desigualdade económica percebida.” Quando os indivíduos percecionam maior desigualdade de rendimentos, tendem também a percecionar níveis mais elevados de competição no seu contexto. Esta perceção pode conduzir a dois percursos distintos: o aumento da motivação de aproximação ou o aumento da motivação de evitamento. Estas motivações moldam a autoimagem. A motivação de aproximação associa-se ao narcisismo e a uma autoestima elevada, enquanto a motivação de evitamento se associa ao síndrome do impostor e a uma baixa autoestima. No total, 422 participantes de 36 países responderam a um questionário online elaborado para testar essas medidas, e uma análise de mediação serial-paralela foi realizada para cada variável de resultado hipotética. Verificou-se que a desigualdade percebida tem efeitos indiretos positivos sobre o narcisismo e a autoestima geral por meio da competição percebida e da motivação de aproximação, e sobre a síndrome do impostor por meio da competição percebida e da motivação de evitação. Além disso, foram encontrados efeitos indiretos negativos sobre a síndrome do impostor por meio da competição percebida e da motivação de aproximação, e sobre a autoestima geral por meio da competição percebida e da motivação de evitação. Os resultados deste estudo fornecem "insights" importantes sobre as percepções de desigualdade e competição. Estas podem ser preditivas de autoestima aumentada para alguns e autodepreciação para outros, dependendo do tipo de motivação que se tem de base.