Como a semana de 4 dias pode ser uma vantagem competitiva para as empresas que a apliquem

Abstract

Recentemente, têm surgidos questões relativamente à importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional em torno dos funcionários das empresas, devido a uma possível crescente necessidade dos mesmos em possuir um melhor bem-estar no local de trabalho e dessa forma se tornarem mais produtivos e motivados. Neste sentido, as expetativas dos trabalhadores tem criado estas questões nos seios das empresas, contribuindo a que estas repensem as suas políticas organizacionais, surgindo a hipótese de uma a semana de 4 dias. Porém, esta é uma temática emergente, e, dessa forma, ainda existem dúvidas e incertezas dos autores sobre o impacto da mesma, pelo que, surge então a relevância desta Dissertação, que tem por objetivo analisar se a semana de 4 dias é uma política organizacional com potencial de gerar uma fonte de vantagem competitiva sustentável para as empresas que a apliquem. Assim, a investigação teve por base uma análise através do Modelo VRIO, fomentada em entrevistas semiestruturadas a 20 profissionais, cujo cargo lhes permita possuir algum tipo de liderança, seja sobre trabalhadores, ou sobre alguma área da empresa. Desta forma, embora tenha havido uma divisão acentuada de resultados, a semana de trabalho 4 dias está mais próxima de poder gerar uma vantagem competitiva temporária com potencial de vantagem competitiva sustentável, segundo a opinião dos entrevistados. Neste sentido, as empresas que se consigam reorganizar, de forma adotar esta política organizacional sem comprometer o seu negócio, devem o fazer, pois a mesma pode contribuir a que estas se diferenciem a concorrência.

Recently, discussions have intensified around the importance of work-life balance for employees, driven by a growing need for well-being in the workplace, which can enhance both motivation and productivity. In this sense, the growing expectations of employees have led companies to reconsider their organizational policies, leading to the emergence of the 4-day work week. However, this is an emerging topic, and as such, there are still doubts and uncertainties among authors about its real impact. This highlights the relevance of the present Dissertation, which aims to analyse whether the 4-day week can represent an organizational policy with the potential to generate a source of Sustainable Competitive Advantage for companies that implement it. The research was based on an analysis using the VRIO Model, supported by semi-structured interviews with 20 professionals in leadership roles, either managing employees or overseeing an area of the company. Although the findings revealed a notable division in the results, the 4-day work week seems more likely to generate a Temporary Competitive Advantage with the potential to evolve into a Sustainable Competitive Advantage. In this sense, companies able to reorganize effectively to implement this organizational policy without compromising operations, should consider it, as it may help them differentiate themselves from the competition.