Too much ambidextrous leadership? Uncovering indirect curvilinear effects on innovation

Abstract

China's recent strategic direction points to the strengthening of innovation capability, in which leadership plays a key role. In researching the most appropriate leadership for this purpose, ambidextrous leadership is receiving increasing attention on the basis that the challenge is to integrate the paradox, but once this is overcome, the more ambidexterity is shown, the stronger the innovation outcomes will be. However, ambidextrous leadership meets the conditions to sustain a plausible curvilinear effect with radical innovation, since too much paradox can be cognitively conflicting and hinder the processes that lead to innovation. This research is designed to test the nonlinear effects of ambidextrous leadership. A first study, with a sample of 233 employees in innovation-prone industries, in China, was based on a time-lagged data collection deployed to test the indirect effects of ambidextrous leadership on both incremental and radical innovation through innovation climate, where the effects of ambidextrous leadership are conceived as depicting an inverted U-shape. A second study, of a qualitative nature, engaged 20 experts and professionals directly responsible for innovation, which were in-depth interviewed to critically evaluate findings from the first study. The first study corroborated the curvilinear relationship between ambidextrous leadership exerting an inverted U-shaped effect upon radical innovation via innovation climate although a linear direct effect was found between ambidextrous leadership and incremental innovation. In the second study experts provided reasoning that partially validated these findings thus reinforcing the idea that ambidextrous leadership is positive up to a certain point, after which it becomes counterproductive.

A recente orientação estratégica da China aponta para o reforço da capacidade de inovação, na qual a liderança desempenha um papel fundamental. Nos estudos sobre a liderança mais adequada para este fim, a liderança ambidestra está a receber atenção crescente, partindo do pressuposto de que o desafio é integrar o paradoxo, mas, uma vez ultrapassado, quanto mais ambidestria for demonstrada, melhores serão os resultados de inovação. No entanto, a liderança ambidestra reúne as condições para sustentar um efeito curvilíneo com a inovação radical, uma vez que demasiado paradoxo pode ser cognitivamente conflituante e dificultar os processos que produzem a inovação. Esta investigação foi concebida para testar os efeitos não lineares da liderança ambidestra. Um primeiro estudo, com uma amostra de 233 trabalhadores de sectores propensos à inovação, na China, baseou-se numa recolha de dados com desfasamento temporal para testar os efeitos indirectos da liderança ambidestra na inovação incremental e radical através do clima de inovação, em que os efeitos da liderança ambidestra são concebidos como seguindo uma forma de U invertido. Um segundo estudo, de natureza qualitativa, envolveu 20 peritos e profissionais diretamente responsáveis pela inovação, que foram entrevistados para avaliar criticamente os resultados do primeiro estudo. O primeiro estudo corroborou a relação curvilínea entre a liderança ambidestra e a inovação radical através do clima de inovação, embora tenha sido encontrado um efeito direto linear entre a liderança ambidestra e a inovação incremental. No segundo estudo, os peritos apresentaram um raciocínio que validou parcialmente estas conclusões, reforçando assim a ideia de que a liderança ambidestra é positiva até um certo ponto, após o qual se torna contraproducente.