Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10071/345
Author(s): Caetano, Ana
Date: 2007
Title: A fotografia privada nos processos de (re)construção identitária
Collection title and number: CIES e-Working Paper
N.º 25/2007
ISSN: 1647-0893
Keywords: Práticas Fotográficas
Identidade
Representação
Memória
Abstract: A presente reflexão enquadra-se numa investigação levada a cabo com o objectivo de compreender a importância e a transversalidade da prática fotográfica mais comum de registo de pessoas e acontecimentos importantes para posterior recordação. A fotografia é essencialmente percepcionada pelos agentes como um instrumento de elevado valor emocional e é praticada com o intuito de criação de recordações de momentos felizes e particularmente importantes dos seus percursos de vida, geralmente associados aos tempos/espaços do lazer e incluindo nos mesmos os seus familiares e as suas redes de sociabilidade. No fundo, a grande potencialidade da fotografia reside no facto da mesma poder criar representações daquilo que se afigura como mais significativo nas suas vidas e é precisamente nesse ponto que se manifesta a sua instrumentalidade identitária. Operando processos de selectividade da memória, as fotografias mapeiam imageticamente coordenadas importantes dos agentes que lhes atribuem, a si e aos grupos em que se inserem, autenticidade, confirmando e reforçando a sua presença no mundo e, assim, a sua segurança ontológica. Apesar dos contextos de plurisocialização a que estão continuamente sujeitos, a fotografia possibilita que os indivíduos se apresentem e representem como entidades unas e coerentes, ocultando e, simultaneamente, contribuindo para a resolução de rupturas e consequentes (re)ajustes identitários que ocorrem inevitavelmente nos seus percursos de vida.
This paper is part of a research developed with the goal of understanding the importance and transversality of common photographic practices that record people and events for later remembrance. Photography is mainly perceived as an instrument of high emotional value and it is practiced with the purpose of creating memories of important and happy moments of people’s lives, usually connected with leisure, family and friends. The major potentiality of photography is to create representations of what people consider to be most significant in their lives; and it is precisely in this respect that we can call it an identity instrument. Through memory selectivity processes, photography identifies the essential co-ordinates of agents’ biographies, attributing authenticity to individuals and groups and thus confirming and reinforcing their presence in the world and their ontological security. Despite people’s pluri-socialization contexts, photography allows them to present and represent themselves as coherent entities, hiding and simultaneously contributing to the resolution of disruptions and consequent identity readjustments that inevitably occur in people’s lives.
Peerreviewed: Sim
Access type: Open Access
Appears in Collections:CIES-WP - Working papers

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