Agent-structure dilemma: Between reason and ideology

Abstract

An attempt to argue for the usefulness of Marx's Critique of Political Economy for the agent-structure debate within Sociology. Departing from a reading of Marx inspired by "WertKritik", by Gillian Rose's reading of Hegel, and by Simon Clarke's criticism of Classical Sociology, this thesis seeks to interpret and criticize the proposals of Pierre Bourdieu and Critical Realism for the transcendence of this debate. While, until now, Sociology has understood the agent-structure antinomy as an ideological reflection or reification, or as the representation of a natural fact of the human condition, this thesis proposes, through the works of these authors, the possibility and usefulness of a reading of this antinomy as a historically specific reality, not only in a conceptual sense, but also as a reflection of a Modern social relationship of objectification. The first chapter attempts to demonstrate, through the work of Gillian Rose, the historical origins of the agent-structure antinomy, while the second chapter discusses the proposals of Bourdieu and Critical Realism for its transcendence. The third chapter seeks to demonstrate the utility of "WertKritik" for this debate.

Esta dissertação procura demonstrar a utilidade da Crítica da Economia Política de Marx para o debate agente-estrutura no seio da Sociologia. Partindo de uma leitura inspirada pela "WertKritik" de Marx, pela leitura de Gillian Rose de Hegel e também pela crítica de Simon Clarke à Sociologia Clássica, procura-se compreender as propostas de Pierre Bourdieu e do Realismo Crítico para a transcendência deste debate. Enquanto, até então a Sociologia tem entendido a antinomia agente-estrutura como um reflexo ideológico ou de reificação, ou então como a representação de um dado natural da condição humana, esta tese propõe através das obras destes autores, a possibilidade e utilidade de uma leitura desta antinomia enquanto uma realidade historicamente específica, não apenas num sentido conceptual, mas também enquanto reflexo de uma relação social Moderna de objectificação. O primeiro capítulo, através da obra de Gillian Rose, procura enquadrar as origens histórico-filológicas da antinomia agente-estrutura, enquanto o segundo capítulo aborda as propostas de Bourdieu e do Realismo Crítico. O último capítulo, procura então reivindicar a utilidade da "WertKritik" para este debate.