Emoção versus ação: A regulação emocional na idade adulta é preditora do bem-estar subjetivo e da saúde mental

Abstract

Esta investigação foca-se na importância da regulação emocional na idade adulta e do seu impacto no bem-estar subjetivo e na saúde mental. O construto da Regulação Emocional foi subdividido em Reavaliação Cognitiva e Supressão Expressiva; o Bem-Estar Subjetivo em Satisfação com a Vida, Afetos Positivos e Afetos Negativos e a Saúde Mental em Resiliência, Gratidão e Ruminação. O objetivo do estudo é poder contribuir para o despertar de mentalidades e um maior conhecimento dessa realidade em Portugal. A recolha de dados foi realizada através de um inquérito de auto-relato, cuja amostra foi de 98 participantes. 74,5% do sexo feminino, 40,8% com idades entre 31 e 50 anos, 62,2% casados/união de facto e 48% licenciados. A consistência interna variou entre o mínimo de .728 (razoável) da Resiliência e o máximo de .856 (bom) dos Afetos Negativos. Nos coeficientes de correlação existiu correlação significativa, sendo as mais elevadas entre Ruminação e Afetos Negativos e entre Resiliência e Afetos Positivos. Os coeficientes de regressão linear múltipla confirmaram que a Reavaliação Cognitiva prediz Bem-Estar Subjetivo, Resiliência e Gratidão, que a Supressão Expressiva prediz Afetos Positivos, Resiliência e Gratidão, que a Satisfação com a Vida prediz Ruminação, que os Afetos Positivos predizem Resiliência e Gratidão e que os Afetos Negativos predizem Resiliência e Ruminação. Apesar dos resultados significativos desta investigação, sugere-se que novos estudos sejam realizados com amostras maiores e, se possível, em estudos longitudinais, pela importância destes construtos na saúde individual, interrelacional e comunitária.

This research focuses on the importance of emotional regulation in adulthood and its impact on subjective well-being and mental health. The construct of Emotional Regulation are subdivided into cognitive reappraisal and expressive suppression; Subjective Well-Being into Life Satisfaction, Positive Affect and Negative Affect; Mental Health, into Resilience, Gratitude and Rumination. The aim of the study is to contribute to the awakening of mentalities and greater knowledge of this reality in Portugal. Data was collected through a self-report survey with a sample of 98 participants. 74.55 female, 40.8% aged between 31 and 50, 62.2% were married/civil partnership and 48% were university graduates. The internal consistency ranged from the minimum of .728 (reasonable) in Resilience to the maximum of .856 (good) in Negative Affect. The correlation coefficients there was a significant correlation between them and the highest being between Rumination and Negative Affect and between Resilience and Positive Affect. The multiple linear regression coefficients confirmed that Cognitive Reappraisal predicts Subjective Well-Being, Resilience and Gratitude, that Expressive Suppression predicts Positive Affect, Resilience and Gratitude, that Satisfaction with Life predicts Rumination, that Positive Affect predicts Resilience and Gratitude and that Negative Affect predicts Resilience and Rumination. Despite the significant results of this research, it is suggested that further studies be carried out with larger samples and, if possible, through longitudinal studies, due the the importance of these constructs in individual, inter-relational and community health.