Dehumanization and the devaluation of the suffering of informal caregivers: The impact of psychosocial work factors, justice perceptions, gender, and socioeconomic status

Abstract

Extensive research has identified the negative impacts associated with informal care work. However, the study of how informal caregivers are socially perceived remains largely neglected in the literature, despite evidence indicating they lack social recognition and support. This work aims to analyze the factors contributing to their social devaluation, by employing complementary methodological approaches. To achieve this goal, we conducted five studies. A cross-sectional study revealed that informal caregivers are exposed to high work demands and low resources, especially in terms of recognition, justice and respect, and social support from the Portuguese State (Article 1). Two experimental studies examined the effects of being an informal caregiver and their gender using an emotion-based measure of dehumanization. Findings revealed that informal caregivers were dehumanized by being attributed fewer uniquely human emotions than non-caregivers, regardless of their gender. Moreover, individuals with higher Belief in a Just World (BJW) were more likely to dehumanize informal caregivers, and both BJW and dehumanization predicted a lower perception of informal caregivers’ suffering (Article 2). Two other experimental studies further examined the effects of being an informal caregiver and their socioeconomic status (SES) using two trait-based measures of dehumanization. Results replicated the expected dehumanization effect, regardless of their SES (Article 3). Overall, this thesis underscores the importance of recognizing and supporting informal caregivers in society.

Muitos estudos têm identificado os impactos negativos associados ao trabalho de cuidado informal. No entanto, o estudo sobre como os cuidadores informais são socialmente percebidos continua em grande parte negligenciado na literatura, apesar das evidências que indicam a sua falta de reconhecimento e apoio social. Este trabalho pretende analisar os fatores que contribuem para a sua desvalorização social, utilizando abordagens metodológicas complementares. Para atingir este objetivo, realizámos cinco estudos. Um estudo transversal mostrou que os cuidadores informais estão expostos a elevadas exigências e poucos recursos de trabalho, especialmente em termos de reconhecimento, justiça e respeito e suporte social do Estado Português (Artigo 1). Dois estudos experimentais examinaram os efeitos de ser um cuidador informal e do seu género utilizando uma medida de desumanização baseada em emoções. Os resultados revelaram que os cuidadores informais foram desumanizados ao serem-lhes atribuídas menos emoções exclusivamente humanas do que aos não-cuidadores, independentemente do seu género. Além disso, indivíduos com uma maior Crença no Mundo Justo (CMJ) foram mais propensos a desumanizar os cuidadores informais, e tanto a CMJ como a desumanização foram preditoras de uma menor perceção do sofrimento dos cuidadores informais (Artigo 2). Outros dois estudos experimentais examinaram mais a fundo os efeitos de ser um cuidador informal e do seu nível socioeconómico (ESE) utilizando duas medidas de desumanização baseadas em traços. Os resultados replicaram o efeito esperado de desumanização, independentemente do seu ESE (Artigo 3). No geral, esta tese destaca a importância de reconhecer e apoiar os cuidadores informais na sociedade.