Navigating "hybrid threats" inside the UNSC: The Russian use of the legal and diplomacy domains towards the post-Arab Spring war in Syria

Abstract

Hybrid threats became a growing object of study in the field of International Relations, due to its multifaceted nature. However, the use of its legal and diplomacy domains within multilateral organizations to advance political objectives is still an understudied topic. A potential “normalization” of the phenomenon impacts the legitimacy of those organizations, and the rule of law in democratic societies. Countering those threats requires comprehensive strategies for mitigation and coordinated, multilevel collaboration and information sharing. This study contributes to understanding the implications that the use of hybrid threats poses to the legitimacy of the international legal system, through examining its existence and main motivations inside the UN. Based on Giannopoulos, et al., ed. (2021) framework, it will be examined if and why Russia, in its role as a UNSC permanent member, is using the legal and diplomacy domains of Hybrid Threats inside the UNSC, towards the war in Syria (2011-current). It will be tested the hypothesis of a potential causal effect between Russia´s domestic and foreign policy, built on its post-soviet identity project, with the goal of enhancing its own political objectives. The research suggests that Russia is using international law and diplomacy in an abusive way to promote its political objectives, that may be framed as hybrid threat. It is argued that Russia is taking opportunity of its role in the UNSC to promote counter-hegemonic moves, motivated by geostrategic objectives, but also by its identity project, intersecting security, and power relations.

As ameaças híbridas tornaram-se um objeto de estudo crescente no campo das relações internacionais, devido à sua natureza multifacetada. No entanto, a utilização dos seus domínios jurídico e diplomático no âmbito de organizações multilaterais para promoção de objetivos políticos é ainda um tema pouco estudado. Uma potencial “normalização” deste fenómeno impacta a legitimidade destas organizações e do Estado de Direito em sociedades democráticas. Combater essas ameaças exige estratégias abrangentes de mitigação, colaboração coordenada e partilha de informações. Este estudo contribui para a compreensão das implicações que o uso de ameaças híbridas representa para a legitimidade do sistema jurídico internacional, através do exame da sua existência e principais motivações no contexto da ONU. Com base no modelo de análise de Giannopoulos et al., ed. (2021), será examinado se e por que razão a Rússia, enquanto membro permanente do CSNU, utiliza os domínios jurídicos e diplomáticos das ameaças híbridas dentro desse órgão, no contexto da guerra na Síria (2011 - atual). Será testada a hipótese de um efeito causal entre a política interna e externa da Rússia, construída a partir do seu projeto de identidade pós-soviético, com o objetivo alavancar objetivos políticos. A investigação sugere que a Rússia utiliza o direito internacional e a diplomacia de forma abusiva para promover objetivos próprios, podendo essa atuação ser enquadrada como ameaça híbrida. Argumenta-se que a Rússia tira proveito do seu papel no CSNU para promover movimentos contra-hegemónicos, motivada por objetivos geoestratégicos, mas também pelo seu projeto de identidade, intersetando segurança e relações de poder.