How to improve healthcare outcomes through interoperability: A further step into health digitalization

Abstract

In primary healthcare in Portugal, the tests requested by GP’s are not automatically entered into the patient's electronic health record (EHR) - with only a few ongoing pilots integrating test values/reports directly into the patient's medical record - resulting in a significant expenditure of their time to input them into the system. A literature review revealed quite significant data regarding the time doctors lose due to information systems. Although it is not the only factor, the pressure exerted by information systems on doctors is a factor contributing to their exhaustion, frustration, and fatigue, which can lead to various consequences, including early retirement, depression, and personal and marital problems. In this context, it was decided to understand how healthcare information systems could be improved to address this issue, choosing to study semantic interoperability. To compare with international data and obtain concrete information on interoperability, 10 doctors and 2 professionals in the field of medical informatics were interviewed. The results from doctors were consistent with international data. The time lost and the wear and tear caused by information systems were significant. Interviews with experts in medical informatics were quite clear regarding the relevance of SNOMED terminology and its impact on semantic interoperability. The importance of semantics was revealed here, including obtaining reliable and valuable data, leveraging information systems, and improving interoperability and healthcare outcomes.

Nos cuidados de saúde primários em Portugal, os exames solicitados pelos médicos de família não são introduzidos automaticamente no registo de saúde eletrónico do doente (RSE) – existindo apenas alguns pilotos a decorrer com a integração direta dos valores/relatórios na ficha clínica do doente –, implicando um grande dispendio do tempo destes para introduzi-los no sistema. A revisão da literatura revelou dados bastantes significativos relativamente à perda de tempo que os médicos enfrentam devido aos sistemas informáticos. Embora não seja o único, a pressão que os sistemas informáticos exercem sobre os médicos é um factor que contribui para o desgaste, frustração e cansaço destes, podendo levar a diferentes consequências, nomeadamente, reforma antecipada, depressão e problemas conjugais e pessoais. Neste sentido, decidiu-se perceber de que modo os sistemas de informação na saúde poderiam ser melhorados para colmatar este flagelo, optando-se por estudar a interoperabilidade semântica. De modo a comparar com os dados internacionais e a obter dados concretos sobre interoperabilidade, foram entrevistados 10 médicos e 2 profissionais da área da informática médica. Os resultados dos médicos foram consistentes com os dados internacionais. O tempo perdido e o desgaste causado pelos sistemas informáticos foram significativos. As entrevistas com os peritos em informática médica foram bastante claras relativamente à relavância da terminologia SNOMED e do seu impacto na interoperabilidade semântica. A importância da semântica foi, aqui, revelada, incluindo a obtenção de dados de confiança e com maior valor, tirar partido dos sistemas de informação e a melhoria da interoperabilidade e dos resultados em saúde.