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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.authorPrista, P.-
dc.contributor.editorPedro Prista-
dc.date.accessioned2023-12-05T10:41:04Z-
dc.date.available2023-12-05T10:41:04Z-
dc.date.issued2016-
dc.identifier.citationPrista, P. (2016). Porta do Vale Santiago: Uma peça de museu?. Em P. Prista (Eds.). Atas do Colóquio Ignorância & Esquecimento (pp. 547-554). Município de Odemira. http://hdl.handle.net/10071/29894-
dc.identifier.isbn978-989-8263-07-0-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10071/29894-
dc.description.abstractDoada pelo Sr. Joaquim Maurício da Conceição Rosa, que a recebeu oferecida pelo Sr. António José Maria Rosa, esta porta deu entrada na coleção etnográfica da Câmara Municipal de Odemira em 1999, onde ficou registada com o número OD.905. Embora semelhante a muitas outras portas, esta é, no entanto, uma porta singular. Trata-se da porta que foi arrombada à machadada por um grupo organizado de trabalhadores rurais em Vale de Santiago, durante as greves e fomes de 1918, para distribuir pela população o trigo guardado no celeiro de um lavrador local, o Sr. António Eduardo Júlio. O episódio decorreu num período dramático da história do mundo e do país, durante o qual a crise política e económica levara as populações em muitos sítios aos limites da fome, e daí a reações coletivas extremas, e até a revoluções. Os trabalhadores rurais de Vale de Santiago foram então severamente perseguidos, mas um lavrador da região, também ativista, o Sr. José Júlio da Costa, terá tentado interpor-se e negociar com o Governador Civil uma solução que poupasse os trabalhadores a atos de retaliação ou a punições excessivas. Foi contudo traído no acordo que julgara ter obtido. Houve violências e abusos nas perseguições e dezenas de trabalhadores rurais foram presos e deportados para África. Numa decisão pessoal, o Sr. José Júlio da Costa parte para Lisboa e assassina a tiro na estação do Rossio o então Presidente da República, Sidónio Pais. Cerca de dez turbulentos anos depois seria a Ditadura Militar; Salazar; a Guerra Civil de Espanha; a 2.ª Guerra Mundial... Em Vale de Santiago não ficou esquecido aquele episódio no qual se ligam a História «pequena» e a «grande»; o mundo de perto e de longe; e o destino, a vida, e a morte de pessoas. Oferecida à Câmara Municipal de Odemira, esta porta entreabre memórias e coloca hoje questões que apontam para novos sentidos.por
dc.language.isopor-
dc.publisherMunicípio de Odemira-
dc.relation.ispartofAtas do Colóquio Ignorância & Esquecimento-
dc.rightsopenAccess-
dc.titlePorta do Vale Santiago: Uma peça de museu?por
dc.typeconferenceObject-
dc.event.typeConferênciapt
dc.event.locationOdemirapor
dc.event.date2013-
dc.peerreviewedno-
dc.date.updated2023-12-05T10:40:21Z-
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersion-
iscte.identifier.cienciahttps://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-63795-
Aparece nas coleções:CRIA-CRN - Comunicações a conferências nacionais

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