Intersectional feminism and the ultra-right: Feminist movements against Bolsonaro in Portugal

Abstract

During the 2010s, many countries experienced the rise of ultra-right politicians and parties. Many feminist movements also emerged to counter such political tendencies. This dissertation investigates the feminist movement against the former Brazilian president Jair Bolsonaro, called #EleNão and its mobilization in Lisbon, Portugal. Previous studies indicate that the rise of ultra-right leaders and parties have strengthened intersectional cooperation in feminist movements. These feminist movements were joined by other minority groups such as immigrants, LGBTQ, and people of color that are also targeted by ultra-right politicians and parties. This research explores intersectional cooperation that happened during #EleNão in Lisbon through interviews with four feminist or Brazilian organizations and projects based in Lisbon. The protests in Lisbon were mostly led by Brazilian activists. Therefore, the study also investigates the role of experiences as immigrant women into these activists’ experiences and political vision. The findings show that ties between organizations working for the rights of different groups of minorities are created through the mobilization of #EleNão. Furthermore, the research result also demonstrates that experiences regarding immigration have impacted immigrant women activists’ political and social vision. For the case of interview participants in Lisbon, the experiences served as a drive to start activism.

Durante a década de 2010, muitos países experimentaram a ascensão de políticos e partidos de ultradireita. Os movimentos feministas também surgiram para contrariar tais tendências políticas. Esta dissertação investiga o movimento feminista contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, denominado #EleNão e sua mobilização em Lisboa, Portugal. Estudos anteriores indicam que a ascensão de líderes e partidos de ultradireita fortaleceu a cooperação interseccional nos movimentos feministas. A estes movimentos feministas juntaram-se outros grupos minoritários, como imigrantes, LGBTQ e pessoas de cor, que também são alvo de políticos e partidos de ultradireita. Esta pesquisa explora a cooperação interseccional que aconteceu durante #EleNão em Lisboa através de entrevistas com quatro organizações e projetos feministas ou brasileiros sediados em Lisboa. Os protestos em Lisboa foram liderados principalmente por ativistas brasileiros. Portanto, o estudo também investiga o papel das experiências como mulheres imigrantes nas experiências e na visão política dessas ativistas. As conclusões mostram que os laços entre organizações que trabalham pelos direitos de diferentes grupos de minorias são criados através da mobilização do #EleNão. Além disso, o resultado da investigação também demonstra que as experiências relativas à imigração tiveram impacto na visão política e social das mulheres imigrantes activistas. Para o caso dos entrevistados em Lisboa, as experiências serviram de impulso para iniciar o activismo.