The relationship between Flexible Work Arrangements availability, desirability, and usage on the Gen Z workers' turnover intention through the mediation effect of job satisfaction

Abstract

The goal of this dissertation is to analyze the relationship between the availability, desirability, and usage of Flexible Work Arrangements on highly qualified Gen Z workers’ Turnover Intentions – using Job Satisfaction as a mediator in this relationship. The current work-life balance agenda and the new priorities of the workforce have come to show with the Great Resignation and Lying Flat movements, which followed COVID-19’s pandemic and its respective lockdowns, are of utmost importance for employers to understand in order to avoid the colossal – and often unknown – costs of employee turnovers, as results show. The demand for flexibility is at the top of this generation’s priorities when it comes to work. At the same time, as this generation is bound to be the most educated ever, the coexistence of these two characteristics makes for an extremely relevant realization: FWAs might just be an increasingly viable retention strategy for an increasingly worrisome turnover reality. A questionnaire of thirty-eight questions was used for the collection of data: thirty-one regarding the three concepts of FWAs, JS, and TI - twenty-four, three, and four questions, respectively -, and eight regarding the control and characterization of the sample. The final sample consisted of 235 Gen Z workers, most of which working in activities such as consulting, banking, finance and insurance, Marketing, and IT, among other knowledge-intensive activities (KIAs). Results found there was no direct relationship between the availability nor usage of FWAs and Turnover Intention. Where this direct relationship did exist was when looking at FWAs as the difference between the desired amount of FWAs usage and the actual FWAs usage; here, the bigger the difference, the bigger the Turnover Intention, and vice-versa. On the other hand, the mediation effect of Job Satisfaction in the relationship between FWAs and Turnover Intention was constantly observed. These results contribute towards the understanding of the growing importance of flexibility in the workplace when it comes to the prevention of turnovers with the workforce’s youngest generation workers - Gen Z workers.

O objetivo desta dissertação é a análise da relação entre a disponibilidade, a desejabilidade, e o uso de Práticas de Trabalho Flexível nas Intenções de Saída da organização – utilizando a Satisfação com o Trabalho como mediador nesta relação - em trabalhadores de alta qualificação da Geração Z. A atual preocupação e prioridade que os trabalhadores têm vindo a demonstrar no que toca às suas prioridades com o equilíbrio entre a vida de trabalho e a vida pessoal, demonstrada pelos movimentos chamados de Great Resignation e Lying Flat, que se seguiram à pandemia da COVID-19 e respetivas quarentenas, são de extrema importância para os empregadores e gestores, uma vez que estes têm de saber lidar com esta mudança de paradigma se querem evitar as colossais – e muitas vezes desconhecidas – consequências de altos níveis de rotatividade de pessoal. O desejo de flexibilidade aparece cada vez mais frequentemente no topo da lista de prioridades das pessoas no que toca ao trabalho – especialmente na Geração Z. A coexistência deste facto com a realidade de que esta geração está a caminhar para se tornar a mais qualificada de de sempre, desperta uma conclusão extremamente interessante: Práticas de Trabalho Flexível podem muito bem representar uma estratégia de retenção cada vez mais viável num cenário cada vez mais preocupante de altas rotações de pessoal. Um questionário de trinta e oito perguntas foi utilizado para recolha de informação: trinta e uma destas perguntas acerca dos três conceitos de Práticas de Trabalho Flexível, Satisfação com o Trabalho, e Intenção de Saída da Organização (vinte e quatro, três, e quatro, respectivamente), e oito perguntas para controlo e caracterização da amostra. Esta, por sua vez, consistiu em 235 trabalhadores da Geração Z, a maioria dos quais trabalha em atividades como consultoria, banca, finanças e seguros, marketing, serviços de tecnologia, entre outras atividades caracterizadas pela seu trabalho de alta qualificação. Os resultados não encontraram uma relação direta entre a disponibilidade nem uso das Práticas de Trabalho Flexível com as Intenção de Saída da Organização. Onde esta relação direta se verificou foi quando se olhou para as Práticas de Trabalho Flexível como a diferença entre a desejabilidade de Práticas de Trabalho Flexível e o uso destas Práticas; aqui, quanto maior esta diferença, maior a Intenção de Saída da Organização, e vice-versa. Por outro lado, o efeito da mediação da Satisfação com o Trabalho na relação entre Práticas de Trabalho Flexível e Intenção de Saída da Organização foi constantemente observada. Estes resultados contribuem para a compreensão da crescente importância da flexibilidade no trabalho no que toca à prevenção de saídas da organização na atual geração mais jovem no mercado de trabalho - a Geração Z.